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Concerto de metal cancelado no Bairro Alto: Associação Fantasma Lusitano queixa-se de «perseguição» da CML


A Associação Fantasma Lusitano [AFL] emitiu nas últimas horas um comunicado onde dá conta do cancelamento dos espectáculos dos Sinmattic e Zygon a 19 de Outubro naquele local lisboeta. A decisão é imposta pela Câmara Municipal de Lisboa que proibiu o ruído naquela sala.  

"Vimos com muita pena informar os nossos associados que mais uma vez, a coberto de uma legalidade duvidosa, a CML agindo de uma forma prepotente dá nova machadada no Direito Associativo", começa por afirmar a AFL. "Foi deixada na associação, por volta das 22 de quarta-feira, dia 9 de Outubro (bem fora da hora de expediente da Polícia Municipal), uma notificação por ruído que interdita as actuações ao vivo neste local."

A AFL considera a medida "estranha, exagerada e mesmo desmedida", pois os concertos naquele local terminam à meia-noite e dada a especificidade da zona em que estão inseridos (Bairro Alto) "o ruído dos bares e do movimento nocturno é muito superior" ao produzido na AFL.

A associação sita na Rua do Grémio Lusitano, vai mais longe e diz que este é apenas mais um manifesto de "perseguição" por parte da CML. "Primeiro, a entrada à força nas nossas instalações com agressões a membros da associação procedendo de seguida ao fecho coercivo das mesmas. Tendo por base um parecer dado por um assessor da Câmara, Bruno Maia, que não tendo sido lavrado em acta não tem fundamento legal mas que é utilizado para esta perseguição."

A AFL critica ainda a forma aparatosa e intimidatória como as autoridades abordam normalmente o espaço e os seus associados em acções de vistoria. "Segundo, o constante assédio por parte da Polícia Municipal que com uso de uma força nunca inferir a dez agentes que obviamente vêm mais para correr com os associados e provocar um grande aparato à nossa porta e na rua, agindo como se de um antro de marginais se tratasse, desloca-se à associação para verificar se o horário imposto até às 24h é cumprido."

Sendo que os associados terão "resistido estoicamente a este assédio", a AFL acredita que esta é uma espécie de vingança, tendo a CML "urdido novo plano que passa pela recente notificação recebida na quarta-feira".

A AFL conclui salientando o seu papel cultural dinamizador naquela zona, com "uma agenda constante de concertos, sessões de cinema ou aulas de música para crianças". 

Leia comunicado completo aqui.

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