Slayer confessam indignação com comentários de Dave Lombardo e falam do futuro sem Jeff Hanneman
A nova saída polémica de Dave Lombardo dos Slayer continua a fazer correr tinta.
Depois de Tom Araya afirmar que o baterista "não era um
companheiro", o vocalista e baixista do lendário colectivo thrash
californiano confessa agora que ficou irritado com as declarações públicas do ex-colega.
"Recebemos
uma oferta para cumprir uma digressão na Austrália. Enquanto ensaiávamos ele
parece ter dado uma volta de 180 graus e disse algumas coisas que me deixaram e
ao Kerry King [guitarrista] irritados", começou por relatar Araya ao MinneapolisCity Pages.
O músico prosseguiu: "O Kerry olhou para ele e disse, 'se te sentes dessa maneira,
porque estamos a ensaiar?'". A banda terá então endereçado uma carta a Dave
Lombardo em que pedia um esclarecimento sobre a sua verdadeira intenção de
cumprir a referida digressão australiana. O baterista não respondeu.
"Fomos
colocados numa posição em que tínhamos que agir, daí termos recrutado o Jon
Dette. Depois da digressão decidimos avisá-lo [Dave Lombardo] que já não precisávamos dos seus
serviços. Ele ficou muito irritado e escreveu coisas no Facebook que não devia.
Irritou-nos bastante. Fiquei a deitar fumo", sublinhou Araya, confessando
que nunca pensara que Lombardo tornaria tais comentários públicos.
Tom
Araya abordou ainda a morte do guitarrista Jeff Hanneman e o futuro da banda sem aquele que é um dos seus membros fundadores. "Antes de ele morrer eu tinha uma atitude diferente sobre a banda.
Tinha esperança que ele voltasse (...). Tenho pensado muito. Tenho que me
sentar a falar com o Kerry para saber como ele se sente."
Dave Lombardo
abandonou os Slayer em Fevereiro alegando insatisfação com a forma como os
rendimentos da banda estavam a ser geridos pelo management, presumivelmente numa proporção de 90
para 10 por cento. Paul Bostaph ocupa hoje o seu lugar, onde também esteve durante mais de doze anos.