Brutal Brain Damage: «Queremos ser ricos e aparecer na TVI»
Os death grinders oureenses Brutal Brain Damage abordaram no seu típico humor negro o que tem
sido a sua carreira e alguns aspectos relacionados com o underground nacional.
Na
óptica do vocalista Carlos Lopes, a inspiração para as letras mais descontraídas
explica-se pela própria forma de estar dos seus elementos. "Somos pessoas
divertidas e bem humoradas. Não temos nenhuma fonte de inspiração sem ser a
nossa própria parvoíce", explicou ao blogue joaonvno2009.
Já
sobre o seu disco de estreia, "Brain Soup", editado no final de 2012,
Lopes destaca os melhores meios de gravação ao dispor e a presença do
guitarrista e baixista Luís Neves como motivos para o acréscimo de qualidade em relação ao EP "Borderline Syndrome".
"O
EP na altura apanhou as malhas compostas antes da entrada do 'Big'. Foi gravado
e masterizado por nós. Depois a nível de composição com ele na banda já foi
diferente (...). Em relação à produção fizemos tudo com o Miguel Tereso (...).
Estamos super satisfeitos (...). A nível de gravação foi praticamente tudo
gravado em casa. Nesse aspecto não houve muita diferença, apenas que no
'mini-quarto super-mega estúdio' do Miguel tínhamos mais condições para
gravar. Já o nosso EP foi gravado numa garagem num domingo à tarde."
No
que concerne a influências musicais, Carlos Lopes inverte a tendência
generalizada e aponta a "prata da casa" como as grandes razões para estar hoje na música. "Normalmente, fala-se mais
de bandas de lá de fora como fontes de influência e no meu caso é mesmo o
oposto. Quando comecei esta banda foi a partir de uma noite bem passada num
concerto dos PussyVibes e depois de ter feito um pouco de barulho ao micro.
(...) Uma das minhas bandas favoritas são os Dead Meat, PussyVibes, Raw
Decimating Brutality e Grog. (...) Para um país pequeno temos bandas do
caralho", atira.
Novamente
em tom jocoso, Carlos Lopes termina a missiva dirigindo-se da seguinte forma aos
fãs: "Comprem o nosso álbum, pois quero ser rico e aparecer na TVI."