Review - Perpetratör - «Thermonuclear Epiphany»
PERPETRATÖR
"Thermonuclear Epiphany"
[CD - Stormspell]
Sorrateiramente, com pezinhos de lã e uma garrafa de um qualquer
inflamável para nos deitar por cima. Até podiam não querer, mas causaram tal
efeito de combustão.
Membros com experiência suficiente no nosso underground (com ligações a Filii Nigrantium Infernalium, Ravensire, Ironsword, Decayed ou Decreto 77), estes quatro cadavéricos cavaleiros galgam desavergonhadamente uma história europeia tão relevante como a do thrash metal teutónico. Sodom e Destruction, venham cá ouvir isso. Tankard e Kreator também não se acanhem. Há aqui um travo revivalista fantástico, uma palidez aprazível no que concerne aos tons de um passado saudoso e principalmente a surpresa por ser gerado e alimentado em Portugal. Para primeiro disco? Claramente consistente. Por ser português? Sem preconceito, mas ainda mais surpreendente, pois não é esta a nossa escola.
Membros com experiência suficiente no nosso underground (com ligações a Filii Nigrantium Infernalium, Ravensire, Ironsword, Decayed ou Decreto 77), estes quatro cadavéricos cavaleiros galgam desavergonhadamente uma história europeia tão relevante como a do thrash metal teutónico. Sodom e Destruction, venham cá ouvir isso. Tankard e Kreator também não se acanhem. Há aqui um travo revivalista fantástico, uma palidez aprazível no que concerne aos tons de um passado saudoso e principalmente a surpresa por ser gerado e alimentado em Portugal. Para primeiro disco? Claramente consistente. Por ser português? Sem preconceito, mas ainda mais surpreendente, pois não é esta a nossa escola.
Esta é a primeira colecção de temas destes lisboetas. Entre o rebuliço
das desenfreadas "Doomed To Death" e "Death To All" -
magistralmente executadas nas guitarras -, este disco é um assomo de bom gosto
thrash com o tal espírito ancestral que é, no fundo, o mais difícil de
impregnar nos trabalhos feitos dentro do género na actualidade.
"Fire Unleashed" surpreende pela sua veia NWOBHM, sendo que a inovação e imprevisibilidade não são para aqui chamados. Cada vez mais este é dos géneros mais estanques, mas também mais duradoiros. Já se percebeu que é na força dos riffs e na javardice das batidas que o thrash se sustenta como um género de excelência, mais do que qualquer pressuposto vanguardista. Os Perpetratör surpreendem precisamente por vestir na perfeição essa pele. Tem-se a sensação de que já se ouviu tudo o que está aqui, mas a força que este disco emana não deixa ninguém indiferente. Virtuosismo, frontalidade, maturidade e irreverência. Prometendo um Verão nuclear para derreter muita barriga de cerveja e neurónio. [8/10] N.C.
"Fire Unleashed" surpreende pela sua veia NWOBHM, sendo que a inovação e imprevisibilidade não são para aqui chamados. Cada vez mais este é dos géneros mais estanques, mas também mais duradoiros. Já se percebeu que é na força dos riffs e na javardice das batidas que o thrash se sustenta como um género de excelência, mais do que qualquer pressuposto vanguardista. Os Perpetratör surpreendem precisamente por vestir na perfeição essa pele. Tem-se a sensação de que já se ouviu tudo o que está aqui, mas a força que este disco emana não deixa ninguém indiferente. Virtuosismo, frontalidade, maturidade e irreverência. Prometendo um Verão nuclear para derreter muita barriga de cerveja e neurónio. [8/10] N.C.
Data de lançamento: 29 de Janeiro de 2014
Nota de estúdio: gravado, misturado e masterizado
por Paulão nos MP Recordings.
Estilo: thrash metal
Origem: Lisboa (Portugal)
Formação: 2008
Artwork: Yannick Bouchard
Alinhamento:
1. "Megaton Therion" (03:43)
2. "Pyres in the Night" (02:47)
3. "Doomed to Death" (04:04)
4. "Nothing Left to Kill" (04:23)
5. "Proud Pariahs" (04:32)
6. "Purgatory Whorehouse" (02:52)
7. "Death to All" (03:15)
8. "Shadow of a Man" (05:26)
9. "Fire Unleashed" (04:28)
Duração: 35 minutos
Elementos:
- Rick (voz/baixo)
- Paulão
(guitarra)
- Marouco (guitarra)
- Ângelo Sexo (bateria, músico de sessão)
Discografia:
- “Thermonuclear Epiphany” (CD – 2014)