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MOONSPELL: Fernando Ribeiro considera Portugal um «país esquizofrénico»


Durante a sua mais recente digressão norte-americana, Fernando Ribeiro concedeu uma entrevista ao Superskum.com onde aborda temáticas que vão desde o seu próximo disco, ao selo dos CTT e aos 25 anos de carreira da banda lisboeta.

Sobre o seu regresso aos Estados Unidos, que será a décima primeira vez segundo Fernando Ribeiro, o vocalista e escritor faz uma retrospectiva e enaltece que mesmo as salas não estando esgotadas, o público já canta as letras.

Quanto ao selo dos CTT alusivo a «Wolfheart», lançado em 2010, Fernando Ribeiro tece um comentário algo cáustico: "É de loucos, porque em Portugal podem prestar-nos estas homenagens como tratar-nos como merda. É um país esquizofrénico no que toca a reconhecer o seu potencial cultural", complementa.

Como já havia sido anunciado em Fevereiro, a banda já pensa num novo disco, apesar de ainda ter uma agenda ao vivo muito preenchida. No entanto, Ribeiro traça cenários. "Estamos mais concentrados em fazer a nossa cena, o álbum e provavelmente partir como headliners numa nova digressão. (...) Arranjar bandas para tocar connosco. (...), mas deixemos isso para mais tarde. O mais importante é fazer a nossa cena, porque há muitas bandas a lutar por um lugar e a nossa única arma contra toda a concorrência é a forma como somos e como as pessoas se identificam connosco, como com o «Alpha Noir/Omega White». As pessoas gostam dessa loucura [lembre-se que o disco foi dividido numa parte mais pesada e outra mais melodiosa]".

E em 1989 nasciam os MORBID GOD (pré-MOONSPELL), daí que a mais representativa banda de metal portuguesa seja muitas vezes incitada a fazer retrospectivas. E a explicação para tanta longevidade é a seguinte para Fernando Ribeiro: "Duas palavras me ocorrem imediatamente e que são importantes para qualquer banda: glória e humilhação. É o que sentes diariamente e é este o conflito do músico de rock/metal. Se a música não for mainstream, as coisas provavelmente não vão mudar durante dez anos e tentamos sempre encontrar o equilíbrio. Por conseguinte, ao longo dos anos temos tido a felicidade de gozar os bons momentos e aprender a ser prudentes nos maus momentos."


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