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EQUALEFT / COLOSSO / TALES FOR THE UNSPOKEN / FORBIDDEN TO FLY - 31.05.14 - Metalpoint, Porto

EQUALEFT
Pela primeira vez nos seis anos de existência do Metalpoint, a lotação esgotou durante a pré-venda dos bilhetes para o evento. Foram os EQUALEFT os autores desse recorde, com o concerto de lançamento do seu álbum de estreia «Adapt & Survive».

Para ajudar à festa, os EQUALEFT convidaram três bandas para a proverbial primeira parte. Coube aos FORBIDDEN TO FLY, metalcore do Porto, dar o pontapé de partida. Sem data definida para a edição do seu primeiro álbum, o primeiro single «Succubus» já roda no Bandcamp – tema que fechou o alinhamento, com a ajuda de MP Marcelo dos MONOLYTH.

FORBIDDEN TO FLY
O vocalista Ricardo parecia algo nervoso a princípio, mas não tardou a demonstrar o mesmo à-vontade em palco que os seus colegas de banda. Quanto ao público, entre o qual alguns acompanhavam os refrões dos temas, deixou-se levar pela vitalidade tanto da actuação como da música em si. Nem mesmo a momentânea falha de electricidade, que deixou o Metalpoint às escuras por uns momentos, estragou o ambiente.

Seguiram-se os coimbrenses TALES FOR THE UNSPOKEN, com quem os EQUALEFT partilhavam o palco pela terceira vez nos últimos dois meses, depois do Moita Metal Fest e do Canecas Fest. E também como os EQUALEFT, o seu próximo trabalho será editado pela Raising Legends Records. Desse vindouro álbum apresentaram «Soul For A Soul», que Marco Fresco dedicou ao falecido Hugo Gama dos SPECTRAL FLOOD e «I, Claudios», que contou com a participação de Miguel Inglês dos EQUALEFT, apresentado humoristicamente por Marco como alguém "não muito conhecido".

Metal intenso com uma quantidade abusiva de palavrões que já é a "marca d’água" de Marco, os TALES FOR THE UNSPOKEN deram um concerto excelente, com direito a wall of death e tudo. «N’Takuba Wena» foi o tema final em que o público fez um forte coro no seu cântico tribal. Agradeceram o convite aos EQUALEFT e a todos os que se tinham deslocado até ali, salientando os que tinham viajado vários quilómetros. Mas que os EQUALEFT mereciam essa dedicação.

TALES FOR THE UNSPOKEN
O som dos COLOSSO não foi dos melhores – as guitarras demasiado altas e o microfone a falhar por mais que uma vez. Não que isso tenha feito qualquer diferença para quem estava a duplicar os movimentos dos músicos em air guitars ou para os participantes desenfreados das "rodas".

Tem havido todo um burburinho em torno desta banda de death metal experimental do Porto e a sua qualidade é, de facto, notável. «Foregone Semblances» sai no dia 25 deste mês e promete solidificar esse burburinho.

Mas os proverbiais reis da noite foram, sem dúvida, os anfitriões. Numa sala ao rubro – literalmente, dada a fraca ventilação do local – os EQUALEFT tocaram «Adapt & Survive» na íntegra, pela mesma ordem apresentada no CD. Não faltou, claro, o sabre Guerra das Estrelas em «Invigorate» e a habitual interacção de Miguel Inglês com o público, em forma de mosh e crowdsurf. Desta vez até o baixista Miguel Seewald foi para o meio das primeiras filas e o guitarrista Bernardo Malone foi carregado de um lado ao outro do Metalpoint a dada altura.

Depois de «To Step», a "música para corações safados" (que é o mesmo que dizer o exacto oposto a uma balada), a festa não terminou. Apresentado «Adapt & Survive», chegava a hora de lembrar os temas mais antigos, com que os EQUALEFT tinham conquistado tantos fãs e tornado possível esgotar a lotação do Metalpoint naquela noite. Inglês chamou ao palco o primeiro convidado, Danny dos FORBIDDEN TO FLY, para tocar uma terceira guitarra no tema «Cynical Plague».

COLOSSO
Marco dos TALES FOR THE UNSPOKEN seria o seguinte, mas o extremo calor foi demais para o baterista Marcos Pereira, que teve mesmo de sair da sala. Inglês entreteve o público jogando o jogo do "cantem-a-seguir-a-mim", depois indo ele próprio para a bateria... Sérgio Vaz , também dos TALES FOR THE UNSPOKEN, substituiu-o e uma pequena jam teve lugar. O concerto sofreria uma alteração no alinhamento, retomando com Afonso Ribeiro dos GATES OF HELL, que já substituíra Marcos no passado, e o seu colega de banda Filipe Afonso a interpretarem «Denial». Afonso ficou ainda para «Erased» e só então o baterista dos EQUALEFT retomou o seu posto, não totalmente recuperado mas o suficiente para fechar a noite com chave de ouro - «Alone In Emptiness», agora sim com a participação de Marco Fresco, «Sleep When I’m Dead» ("uma música que me diz muito", admitiu Inglês) e «Uncover The Masks».

No final, Inglês pediu para não se esquecerem de levantar os CDs, senão teria de levá-los para casa, pois "a Vera mata-me" (referindo-se à namorada). Já antes tinha agradecido não só aos amigos mas também às famílias da banda, cujo eterno apoio tinha permitido chegarem até ali. Uma foto de grupo, com todo o público à volta, e nas mãos uma peça de metal com o símbolo da banda - prenda de um fã - marcaria o final de uma noite inesquecível.

Texto e fotografia: Renata Lino

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