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HOLOCAUSTO CANIBAL - «Larvas» [review]


Os últimos dois anos terão sido dos mais intensos de sempre para a veterana banda de Rio Tinto. Algum suplemento vitamínico terá dado outra apetite canibalesco para que regurgitassem três trabalhos na ressaca do seu mais recente álbum, «Gorefilia» (sendo este o terceiro).

Como a própria banda faz questão de sublinhar, esta é uma forma de fechar um capítulo iniciado com «Gorefilia», estando reservados quatro originais para este trabalho que de forma fidedigna mantêm a linhagem do seu "hospedeiro", tanto em termos de brutalidade como de conceito (quem gostou da frontalidade e até do "modernismo" de «Gorefilia» não ficará defraudado com estas propostas).

Sendo este um daqueles itens especiais, a banda esforçou-se por criar outras gulodices para os fãs, como as seis faixas captadas no Obscene Extreme Fest (um dos festivais mais extremos do mundo) na República Checa, em 2013, com a particularidade de incluir versões dos veteranos alemães BLOOD e dos polacos DEAD INFECTION (ficando apenas de fora o álbum de estreia «Gonorreia Visceral»).

Segue-se o inesperado - ou nem tanto. Depois das experiências electrónicas em «Opusgenitalia» (e até da recente colaboração com o grupo de hip hop BARRAKO 27) ou mesmo do insólito duelo com a STEALING ORCHESTRA em «Sublime Massacre Corpóreo», os HOLOCAUSTO CANIBAL levam o conceito ao extremo e apresentam três remisturas de «Gorefilia» que servem perfeitamente em qualquer pista de dança mais alternativa (para fãs de trance, drum n' bass ou dubstep).

Feitas as contas, os HOLOCAUSTO CANIBAL demonstram cada vez mais como conduzir na perfeição a sua carreira, tornando-a dinâmica e aventureira, sem nunca perder a sua sagacidade sanguinária. E um novo disco já está na forja.


Classificação: 8/10 [N.C.]

Data de lançamento: 20 de Maio de 2014
Edição: Bizarre Leprous Production
Nota de estúdio: faixas originais misturadas e masterizadas nos Hertz Studios [BEHEMOTH, VADER, DECAPITATED], na Polónia.
Estilo: death metal/grindcore
Origem: Porto (Portugal)
Formação: 1997

Alinhamento:
1. «Corrosão Uretral» (02:16)
2. «Proxenetismo Necrófilo» (01:30)
3. «Nosolagnia Predatória» (01:30)
4. «Imundo Bizarro» (02:08)
5. «Trucidada Na Paragem» (02:01) (ao vivo)*
6. «Empalada Via Espinal Dorsal – Empalamento II» (01:15) (ao vivo)*
7. «Euthanastic Inclination» (01:43) (original dos Blood - ao vivo)*
8. «Death By The Master Key» (01:23) (original dos Dead Infection  - ao vivo)*
9. «Fetofilia - Incestuosa Sodomia Fetal» (02:17) (ao vivo)*
10. «Necro-Felação» (00:50) (ao vivo)*
11. «Obsessiva Lactação Paranormal» (06:23) (remistura por Mad Magus)
12. «Dilacerante Pungência Subvertida» (02:59) (remistura por Ermo)
13. «Preeminência Carnaz» (04:39) (remistura por Epitome Criminal)
Duração: 31 minutos

Elementos:
- Max Tomé (voz, em estúdio)
- Ricardo Silva (voz, ao vivo)
- Eduardo Fernandes (guitarra)
- António Carvalho (guitarra)
- Zé Pedro (baixo)
- Diogo P. (bateria)

Discografia:
- «Opus I» (demo - 1998)
- «Gonorreia Visceral» (CD - 2000)
- «Sublime Massacre Corpóreo» (CD - 2002)
- «Do The Right Thing / Libido Dispareunia» (split - 2003)
- «Morbosidade Carnosidade Putrefacta» (split - 2005)
- «Opusgenitalia» (CD - 2006)
- «Visceral Massacre Memorabilia» (compilação - 2008)
- «Gorefilia» (CD - 2012)
- «Kadaverficker / Holocausto Canibal» (split - 2013)
- «Compêndio de Aversões» (EP - 2013)
- «Larvas» (EP - 2014)



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