MORBID DEATH: regresso poderá estar na calha
Curiosamente, completa-se
este mês três anos da saída de Ricardo Santos dos MORBID DEATH. O líder e maior
símbolo da primeira e mais importante banda de metal açoriana surpreendeu o
underground nacional ao despedir-se de uma luta que iniciou em 1990 com Dinis
Costa, alegando "cansaço e saturação" e vontade de se dedicar mais a
si e à sua família.
Ricardo Santos afirmou ainda
na altura que a falta de apoio aos músicos açorianos terá pesado na sua
decisão, apontando responsabilidades a quem gere a cultura nos Açores. "O
heavy metal é o parente mais pobre da dita cultura feita nos Açores e creio que
será sempre assim, infelizmente. Poderá mudar quando estiver no pelouro da
cultura alguém que já fez algo pela cultura, directamente. Assim, terá mais
noções das dificuldades que qualquer músico/artista açoriano enfrenta no dia-a-dia,
encontrando soluções válidas", argumentou, lamentando ainda que se tenha
perdido muito a mística em torno do género.
No entanto, e apesar de ter
reforçado a ideia de deixar a música por completo, têm ganho expressão nos
últimos meses os rumores de que um regresso dos MORBID DEATH está a ser
preparado e, claro, com o seu líder incontestável.
As fontes não são oficiais,
mas o burburinho cresce de tom no meio açoriano e algumas missivas têm sido
enviadas para a nossa redacção com o intuito de sugerir algum esclarecimento. Sabe-se
apenas que os guitarristas Paulo Bettencourt e Rui Frias continuam activos em
outros projectos e que o baterista Gualter Couto encontra-se radicado em
Inglaterra. Certo é que muitos já vêm a possibilidade como um catalisador para
o rejuvenescimento do género nos Açores, numa altura em que atravessa uma grave
crise de afirmação, ultrapassado pela tendência das bandas de versões,
tributo e DJs.
Os MORBID DEATH assinaram o
seu último registo em 2010, na forma do EP «Metamorphic Reaction». Para trás,
ficam registos históricos como «Echoes Of Solitude», «Secrets» e «Unlocked», para além das
demos «Nomad», «Shameless Faith» e o DVD «Spinal Factor: Maintaining aLIVE».