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KNEEL: Pedro Mau e a indiferença dos media um ano depois da estreia «Interstice» [exclusivo]


A 29 de Junho de 2013 «Interstice» chegava ao mercado nacional pelas mãos de Pedro Mau. A mistura de metal experimental, thrash e hardcore do multi-instrumentista ex-KNEELDOWN dava a clara sensação de que estava a nascer um dos projectos mais promissores do underground nacional.

No entanto, a condição de workaholic e "lobo solitário" de Pedro Mau acabou por roubar-lhe a possibilidade de oferecer a devida visibilidade a «Interstice»... ou também as contingências de um mercado lotado e muitas vezes inquinado, como o próprio afirma em exclusivo à SounD(/)ZonE.

"Posso afirmar que não fiquei satisfeito com a 'saída' do disco. Acho que tem qualidade, mas acabo por não dispor dos contactos necessários", argumenta o músico de Ponte de Sor que lançou «Interstice» de forma independente.

No que respeita à atenção que lhe foi prestada, Pedro Mau não esconde a desilusão pela relativa indiferença dos media, ainda que alguma da imprensa especializada lhe tenha atribuido um selo de qualidade. "Houve pessoal que recusou fazer a review porque o disco já tinha saído. No entanto, vendi todo os CD's que mandei produzir e quase todas as t-shirts. Houve umas boas reviews, mas acho que o disco não teve a atenção merecida. Vejo material com muito pouca qualidade a andar nas bocas do mundo apenas porque têm os contactos certos", confessa, enquanto realça a consciência tranquila pelo valor do seu trabalho. "O grau satisfatório pessoal foi bom, como é óbvio. Continuo orgulhoso com o trabalho."

Enquanto isso, o futuro de KNEEL está dependente de uma vaga na preenchida agenda de Pedro Mau que actualmente se encontra empenhado no disco de estreia dos WELLS VALLEY, projecto que partilha com Filipe Correia dos CONCEALMENT e Pedro Lopes.

"Para já, não há muito a fazer com KNEEL, pois estou a focar-me nos WELLS VALLEY. Temos o disco pronto e um videoclip já gravado, embora ainda não tenhamos editora. Todavia, tenho ideias de fazer outro disco com KNEEL... só não sei quando", promete Pedro Mau, ciente de que "a falta de uma banda física" fez cair o projecto num certo entorpecimento. "Resumo: o trabalho está feito, foi pouco divulgado, pouco conhecido... mas foi muito bem aceite por quem deu conta dele."


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