Mike Mangini sobre audições para os DREAM THEATER: «Aquilo não era técnico, foi fácil»
Mike Mangini reconheceu que chorou quando foi escolhido como
baterista dos DREAM THEATER em 2011, num momento muito emotivo que classifica como uma libertação de espírito. Por outro lado, afirma que aprender os temas da banda foi fácil e que o seu conhecimento teórico vai muito para além do que o grupo empregava nas suas músicas.
"Hoje, a palavra 'liberal' está completamente
subvertida. Muitas palavras estão. (...). As pessoas não olham aos significados
das palavras e a palavra 'liberal' costumava significar 'libertação do
espírito', não do ser humano: 'Não me digam o que devo fazer, não me digam com quem devo dormir'. A palavra original tem uma natureza muito religiosa e tem
que ver com libertação espiritual. Afastem-se da natureza humana e sigam em
direcção ao que devem ser como pessoas com todas as dádivas que
recebemos", explica o baterista oriundo
de Massachusetts.
Tudo isso explica então o sentimento forte que lhe assolou quando foi escolhido como
baterista do famoso grupo de metal progressivo. "Com os DREAM THEATER
sinto-me preenchido, pois são uma banda onde todos rumam para o mesmo lado. Foi
por isso que chorei, pois buscava uma libertação de espírito. É uma parte das
dádivas que me foram dadas. Foi muito emotivo para mim", descreve Mangini, dizendo ainda que há muito tempo que procurava ter uma banda estável, mais do
que ser músico contratado ou dar aulas no Berklee College Of Music.
O baterista de 51 anos, que já trabalhou com os EXTREME e
STEVE VAI, assume as suas grandes capacidades teóricas no campo musical e diz que isso lhe facilitou a integração nos DREAM THEATER. "Faço coisas raras. Não
conheço quem esteja a usar compassos de dezanove e dezoito notas ao mesmo tempo
ou dezassete e 21. Normalmente, são poucos os números. Portanto, quando os
DREAM THEATER me testaram, apanhei tudo à primeira, pois só havia uma coisa,
como barras de sete e seis, oito e quatro. Isso está muito abaixo do que sou capaz
de interpretar, portanto, estava apto para ser músico. Noutras palavras, aquilo
não era técnico para mim, foi fácil."