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SHADOWSPHERE: entrevista exclusiva com Luís Goulão sobre reedição de «Darklands»

REGRESSO À TERRA MALDITA


Dez anos em qualquer universo pode significar uma profunda transformação. Na música, há tempo mais do que suficiente para se implementarem novas tendências e renovarem-se muitas concepções, mas no metal, em particular, há coisas que teimosamente persistem - a exemplo, o death metal melódico patente na estreia dos seixalenses SHADOWSPHERE. Revolucionário ou não, certo é que «Darklands» marcou uma época no underground nacional e, depois de esgotado há muito, vê agora o seu potencial renovado em termos de produção (por Wilson Silva dos MORE THAN A THOUSAND) e grafismo. O resultado é conhecido a 8 de Novembro  e agora comentado (em exclusivo) pelo guitarrista Luís Goulão.

A data é redonda e o pretexto parece-nos óbvio. No entanto, reeditar/regravar «Darklands» será mais do que uma homenagem, a necessidade de dar-lhe o aspecto que merece?
São dez anos a comemorar a sua saída, e, como tal, dar-lhe a roupagem nova que já merecia, desde gráfica a sonora.

Recordem-nos a altura em que o gravaram originalmente. Parecia tudo muito perfeito e agora chegam à conclusão do contrário? Eventualmente nem era possível fazer melhor naquela fase...
Na altura, fizemos o máximo que estava ao nosso alcance. O estúdio foi o que se podia pagar e a edição gráfica foi a possível à data. Apesar disso, não me arrependo de nada, pois acho que toda a gente percebeu que foi um disco feito na altura certa, com a máxima força e agressividade por parte de toda a banda.

Qual é a grande motivação para regravar um álbum como «Darklands»? Para além de ter um valor afectivo especial, musicalmente representa muito para os SHADOWSPHERE?
O «Darklands» foi o nosso primeiro disco, abriu-nos muitas portas, permitiu-nos tocar imenso ao vivo durante dois anos e fez-nos crescer bastante como músicos. É um disco que já está fora do mercado há alguns anos e que nos é pedido na banca do merchandise em quase todos os sítios em que tocamos. Juntando isso ao facto de fazer dez anos, resolvemos dar-lhe o que sempre mereceu: um grande som e um grafismo à altura. À época também não havia muitas bandas como nós e o death metal sueco estava em grande. Portanto, acho que saiu num bom timing.
O estúdio foi o que se podia pagar e a edição gráfica foi a possível à data [2004]. Apesar disso, não me arrependo de nada.
Há algum tema que entendam que tenha resultado particularmente bem nesta reedição? Houve arranjos que modificaram, de alguma maneira, as estruturas originais?
Em relação às estruturas não mexemos em praticamente nada. Limei só umas arestas nas harmonias de guitarra e mais nada. No entanto, com a nova gravação, todas soam muito melhor.

Como foi saltar para o estúdio e gravar temas tão antigos? Ainda os tinham na ponta dos dedos ou foi preciso um esforço especial para se colocarem no mesmo estado de espírito?
Normalíssimo. Eu ainda os sabia bem, como compositor que sou, mas, de qualquer maneira, foi muito bom e rápido. Houve muito feeling e profissionalismo de parte a parte.

«Inferno» tem já dois anos. O que há na forja em relação a material novo?
Para já, vamos concentrar-nos a 100% na tour de promoção ao «DarkLands» e tocar temas que já não são tocados ao vivo há vários anos. Temos algum material novo na forja para depois, mas ainda está tudo no segredo dos deuses...

O concerto de apresentação a 8 de Novembro no RCA Club, em Lisboa, promete surpresas?
Vai ter algumas, começando pelas bandas que nos vão acompanhar. Contudo, ainda faltam algumas confirmações de surpresas...
O «Darklands» abriu-nos muitas portas, permitiu-nos tocar imenso ao vivo durante dois anos e fez-nos crescer bastante como músicos.
Fazendo uma retrospectiva da vossa carreira, entendem que o balanço é positivo? Sentem maiores dificuldades para concretizarem os vossos objectivos do que no início de 2000, sobretudo, pela crise que se vive?
Sem dúvida que sim. Se podia ser melhor? Podia sim, mas podia também ser bem pior. Estou feliz por ter elevado os SHADOWSPHERE até onde estão em treze anos, por termos conseguido voltar em 2010 depois de um grande hiato, por conseguirmos editar álbuns sem depender de ninguém, por conseguirmos dar muito bons concertos e, essencialmente, por termos o respeito dos nossos fãs, pois é para eles que existimos.

A nova versão de «Darklands» terá edição física e/ou distribuição mundial?
Sim, através da nossa Sphere Music Media a nível ibérico, mas estamos a tratar do licenciamento para o estrangeiro também.

Nuno Costa



Nova versão de «Nosferatu (Wolf Of Christendom)»

Novo grafismo 

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