SLIPKNOT: Corey Taylor fala da morte de Paul Gray e atraso no lançamento de novo álbum
Se a morte de alguém é sempre traumatizante, num grupo reconhecido pela sua identidade própria e união, o resultado não é diferente. Paul Gray partiu em 2010 vítima de overdose de morfina e deixou os SLIPKNOT num denso manto de incertezas em relação ao seu futuro.
Corey Taylor recorda agora o momento, numa altura de bonança em que o mundo se apronta para ouvir «.5: The Gray Chapter» a 21 de Outubro.
"Houve muitos momentos em que, sinceramente, não senti que a banda tivesse acabado, mas não tínhamos a certeza... Ficámos todos de rastos. Noutros momentos, só nos perguntávamos 'o que fazer agora?'. Por sorte, tomámos a decisão certa."
Taylor adianta ainda que o apoio dos fãs foi fundamental e que a banda precisou de regressar ao palco para saber se mantinha a mesma emoção de tocar sem um dos seus membros fundadores.
"Cada pessoa lida com as situações de forma diferente, mas sabia, por nós, que voltaríamos ao palco para descobrir se queríamos continuar sem o Paul. Esse seria o nosso grande desafio. Foi então que participámos no Sonisphere há três anos e correu tudo bem. O primeiro concerto foi difícil para nós, mas aos poucos os fãs levantaram-nos o ânimo."
Os anos que se seguiram foram ainda de introspecção até que o momento certo para gravarem um novo álbum surgiu naturalmente.
"Alguns de nós não queriam correr e gravar um material qualquer. Tínhamos que sentir que era o momento certo. Esse momento surgiu no início deste ano. Juntámo-nos e colocámos as peças no lugar. Tocámos juntos e sentimos que aquilo estava a saber muito bem."
O vocalista termina enfatizando que houve mesmo um momento em que perderam o norte.
"Nunca sentimos que tínhamos chegado ao fim, mas, sem dúvida, houve um período em que não conseguíamos encontrar o caminho a seguir. Felizmente, esperámos pela altura certa."
