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MONOLYTH - «Origin» [review]


Há bandas que auto-intitulam o seu primeiro álbum, outras dão-lhe o nome da melhor faixa... E depois há aquelas, como os MONOLYTH, que escolhem um tema instrumental, com menos de um minuto, como homónimo. Mas, de facto, dado o leque de boas músicas que «Origin» apresenta, escolher a melhor para dar título ao álbum não teria sido tarefa fácil.

Já para um vídeo promocional, mais do que "a melhor", a música deverá transmitir a sonoridade geral que iremos ouvir no álbum por inteiro. Não devem ter tido de pensar duas vezes para escolher «Rupture», uma vez que esta apresenta um pouco de todos os elementos de «Origin»: a densidade dos tons graves a enriquecer o groove, o thrash/death da estrutura base a contrastar com os floreados progressivos do solo de guitarra, assim como a força crua dos guturais cortada pelo transe melódico das vozes limpas nos refrões.

O facto de não saturarem nenhum destes elementos é refrescante. Mesmo temas como «Salvaging» ou «Imprisoned», cuja expressão "a rasgar" parece a mais adequada à sua natureza, têm variações ocasionais no ritmo e na brutalidade, impedindo assim que soem extremamente massivos. E note-se que, neste contexto, "massivo" significa simplesmente "pesado" e não "maçador" - o requinte do trabalho de guitarras já assegurara isso, com ou sem as referidas variações.

O mesmo pode ser dito de «Fake Symptom», mas a presença de Snake [NEBULOUS] torna este tema digno de um parágrafo só. O tom mais agudo do seu registo vocal contrasta (ou completa, como preferirem) com o tom mais grave de MP e o resultado ganha mais vida.

Aproveitando que falamos em convidados, «Origin» conta ainda com a participação de Andrés Malta [BEAUTIFUL VENOM] na balada «Denied And Broken». Sem fazer, exactamente, chorar as pedras da calçada, é um tema emotivo q.b.. «The Exile», por outro lado, tem uma carga mais dramática e mais sombria, mas sempre sem ir longe demais, sem entrar no domínio da depressão. Já «Obsolete» é o meio termo, registando um equilíbrio entre melodia e agressividade. No entanto, ambas fluem pelo canal auditivo adentro, a primeira pela sua serenidade envolvente e a segunda pela sua energia contagiante.

Em entrevista concedida recentemente à nossa publicação, os MONOLYTH declararam ter tentado fugir aos padrões normais de composição. Esperamos que assim continuem, pois a avaliar por este primeiro «Origin», estão no bom caminho. 


Classificação: 8/10 [R.L]

Data de lançamento: 10 de Outubro de 2014
Edição: edição de autor
Nota de estúdio: produzido e gravado por Andrés Malta; misturado e masterizado por André Rodrigues nos Fullpower Studios. 
Estilo: death/thrash metal moderno
Origem: Aveiro
Formação: 2009

Alinhamento:
1.  «Catharsis» (3:32)
2. «The Exile» (6:45)
3. «Rupture» (5:14)
4. «Imprisoned» (4:15)
5. «The Catalyst» (4:08)
6. «Obsolete» (5:23)
7. «Denied And Broken» (6:03)
8. «Origin» (0:48)
9. «Salvaging» (5:33)
10. «Fake Symptom» (5:35)
11. «My Redemption» (3:54)
Duração: 51 minutos

Elementos:
- "MP" Marcelo (voz)
- Gonçalo Lemos (guitarra)
- Tiago Martins (guitarra/vozes adicionais)
- David Alves (baixo)
- Vítor Butuc (bateria)

Discografia:
- «Origin» (CD – 2014)



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