photo logopost_zps4920d857.png photo headerteste_zps0e0d15f7.png

GEOFF TATE e a indústria discográfica: «No meu tempo venderíamos 10.000 discos em meio dia»


Geoff Tate, uma das personalidades mais carismáticas do rock dada a sua carreira com os QUEENSRYCHE, considerou embaraçoso o facto das editoras actualmente comemorarem vendas acima das 10.000 unidades. O vocalista natural da Alemanha recorda que nos anos 80 tais números eram atingidos num ápice e que até o EP de estreia dos QUEENSRYCHE, editado independentemente, atingiu valores muito superiores.

"Quando comecei, a nossa banda não conseguiu assinar um contrato discográfico enquanto não gravou um disco por conta própria e criou a sua própria editora. Fizemos isso e vendemos 60.000 cópias do nosso primeiro EP."

A partir daí, Geoff explica que reuniram argumentos para convencer uma editora  de que era possível triplicar as vendas. "Foi o que aconteceu quando assinámos contrato. Eles gostam de ver números. Naquela altura, em 1983, a indústria discográfica funcionava em pleno, era saudável e as pessoas compravam discos. Eles [editores] tinham muito dinheiro para investir num projecto."

Tate sublinha igualmente que ao terceiro disco uma banda estava em condições de alcançar vendas superiores a 500.000 unidades, algo que se tornou quase inatingível a partir dos anos 90. "Tudo isso mudou nos anos 90 com a pirataria, o que, simplesmente, eviscerou a economia da indústria discográfica. Nos dias de hoje, os executivos ficam aos pulos quando vendem 10.000 discos. No meu tempo, isso seria embaraçoso. Venderíamos 10.000 discos em meio dia." 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...