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Nuno Damião [HOURSWILL]: «A composição e o sentimento são a alma do negócio»


Nuno Damião confessou em entrevista à Versus Magazine as dificuldades que os HOURSWILL atravessaram até consumarem o lançamento da estreia «Inevitable», a 16 de Outubro passado. Fundados oficialmente em 2009, há quase uma década anterior marcada por muita indefinição em termos de formação, ainda que tudo tenha sido gerido de forma consciente e ponderada. No fundo, o vocalista entende que se trata apenas de contingências típicas das bandas underground.

"Não foi fácil, mas nunca é fácil para ninguém e nós não somos excepção. Qualquer pessoa que tenha tentado alguma vez iniciar um projecto de raiz sabe que existem muitas dificuldades a superar. Começa logo no aspecto monetário, investimentos que obrigatoriamente se têm que fazer a nível de material e local para ensaiar com o mínimo de condições." 

O ex-MASQUE OF INNOCENCE diz ainda que é preciso muito espírito de sacrifício e que "nada cai do céu aos trambolhões". "No nosso caso, e uma vez que somos todos um grupo de pelintras [risos], não podemos abdicar dos nossos trabalhos do dia-a-dia de modo a poder 'sustentar' os nossos gastos com a banda. Isso implica também ter menos tempo para nos dedicarmos à música e, consequentemente, maior roubo do nosso tempo pessoal. Alguns de nós já têm casas para pagar, relações fixas e até as nossas próprias famílias, o que dificulta ainda mais as coisas. Outros optam por ainda viver em casa dos pais. (...) Quando se tenta erguer um projecto minimamente sério há que ter em conta todos esses factores, para além do aspecto emocional, pois o percurso vai sendo feito com altos e baixos e há que estar preparado", conclui Nuno, reconhecendo que ainda não chegaram ao "ponto de fazer aquelas escolhas realmente difíceis".

Apesar de bem recebido, «Inevitable» pode ser apenas um primeiro passo num processo de crescimento que Nuno antevê como passível de uma enorme margem de progressão. "A nível técnico há sempre muito para aprender, mesmo coisas que depois não se utilizem numa base regular mas que abrem perspectivas para outras. Mas o que interessa no fim de tudo não é isso, mas sim que as músicas soem bem e sejam interessantes, principalmente para nós que somos os primeiros críticos e para um público em geral. A composição e o sentimento são, sem dúvida, a alma do negócio, por assim dizer. Podes ser capaz de tocar 300.000 palhetadas por micro segundo e, no entanto, não escrever uma única música que seja apelativa. Esperamos continuar a evoluir constantemente nesse sentido." 

Leia a entrevista completa aqui.



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