Pedro Mau [WELLS VALLEY]: «Acredito que conseguimos criar um trabalho bastante original»
Aproxima-se
a estreia de um dos projectos mais ambiciosos a sair de Portugal nos últimos
tempos. Filipe Correia [CONCEALMENT], Pedro Lopes e Pedro Mau [KNEEL] formam uma visão muita obscura, tensa e assimétrica do metal, patente no disco «Matter As
Regent» que estará no mercado a 7 de Fevereiro pela Chaosphere Recordings,
Bleak Recordings e Raging Planet.
Sobre este
material e a sua capacidade de marcar a diferença, o baterista, produtor e designer Pedro Mau refere em exclusivo à SounD(/)ZonE (em entrevista a publicar brevemente):
"Parece-me um pouco egoísta dizer que é um dos projectos mais inovadores
já lançados em Portugal... até porque não conheço tudo o que foi lançado no
país. Mas acredito que conseguimos criar um trabalho que é bastante original e
que não segue regras específicas."
O músico
alentejano diz ainda não conhecer outra banda nacional que se enquadre
exactamente no estilo dos WELLS VALLEY, embora entenda que "haja coisas que se possam
associar a isto ou aquilo" dentro do seu universo musical.
A 7 de Fevereiro os WELLS VALLEY realizam a sua primeira actuação ao vivo no Burning Light Festival no RCA Club, em Lisboa. A banda actua pelas 14h30 numa maratona musical que conta com os italianos THE SECRET e HIEROPHANT, os belgas OATHBREAKER, os norte-americanos MUTILATION RITES, os espanhóis ADRIFT, os franceses PLEBEIAN GRANDSTAND, os alemães IMPLORE, os ingleses OLD SKIN e os nacionais BESTA, MOTHER ABYSS e REDEMPTUS. O bilhete custa 25 euros (disponível no local).
«Matter As Regent» é composto por seis faixas produzidas pelos WELLS VALLEY a partir do final de 2013 no Centro de Artes e Cultura em Ponte de Sor. O grafismo foi concebido por Pedro Mau com capa do artista visual norte-americano Joseph Shaeffer.
Os WELLS VALLEY formaram-se em 2011 mas só em finais de 2013 esbateram algum do secretismo com que vinham trabalhando. Tentando gerar a energia e o equilíbrio perfeitos para darem lugar a um disco de estreia que faça estremecer os alicerces da música de peso contemporânea, os WELLS VALLEY criam música que progride de ambientes obscuros e psicadélicos para riffs pesados e monolíticos, em conjugação com letras que tendem a invocar a união da matéria com o transcendente, focando a génese do Universo.