NEOPLASMAH: novo disco para quando?
O final de
2014 ficou marcado pelo regresso dos NEOPLASMAH aos discos, após um década de
silêncio. Em 2012 juntaram-se à mesa para firmar a vontade de retomar o
projecto e assim aproveitaram as faixas compostas entre 2001 e 2005, deram-lhes
novos arranjos, e arremessaram um poderoso «Auguring The Dusk Of A New Era».
Recebidos
com gáudio pelo público e imprensa nacionais, a pergunta que se coloca agora é: para quando um disco com material escrito nos tempos correntes? "Para já
não temos planos para começar a compor música nova", deixou claro o
guitarrista Vítor Mendes ao Misantropia Extrema. O músico
explica porquê: "Apesar de existir motivação e alguns riffs na gaveta,
temos de ser racionais na forma como investimos o tempo que cada um tem
disponível e, por isso, vamos dar prioridade à promoção deste novo álbum."
Mendes, um
dos fundadores do grupo do Seixal, não dúvida, no entanto, que a sonoridade da
banda se manterá inalterada em relação às bases que lançaram em 1997,
ainda como SYSTEMATIC COLLISION. "Não creio que mudemos de sonoridade.
Vamos continuar pelos meandros do death/black metal rápido e agressivo."
A banda
deixa ainda claro que os seus objectivos estão muito melhor definidos à luz dos
tempos actuais e que já não correm o risco de se surpreenderem com as
"leis do mercado", conforme aconteceu em meados da década passada
quando remeteram o projecto para um hiato prolongado. "Actualmente temos
os pés bem assentes na terra e as nossas expectativas assentam na experiência
que cada um acumulou ao longo dos anos. Cedo percebemos que, sem um plano bem
definido, não íamos lá", confessa a vocalista Sofia Silva, dizendo ainda
que o segredo está na organização. "No fundo, funcionamos como uma
empresa, em que cada um dos elementos da banda tem um papel definido com base
na sua disponibilidade e também tirando partido daquilo que cada um sabe fazer
melhor", conclui, sublinhando a importância da editora Helldprod. "Posso afirmar que, embora o mercado [português] seja
pequeno, esta estratégia conjunta [com a editora] já deu provas de funcionar.
Temos mensagens de apoio, críticas e encomendas de CDs de toda a Europa,
América do Norte e do Sul, apesar do álbum só ter saído há praticamente três
meses."