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TERROR EMPIRE: quando «Arise» passa a ser «Chaos A.D.» ou os METALLICA se transformam nos THE SMASHING PUMPKINS

Com Sérgio Alves [à esquerda], António Freitas [ao meio] e Rui Alexandre [à direita]
Rui Alexandre e Sérgio Alves revelaram em recente entrevista a António Freitas no programa Hipertensão [Antena 3] as insólitas peripécias que envolveram as suas entradas no mundo do metal. Em tom bem disposto, a dupla de guitarristas dos thrashers conimbricenses TERROR EMPIRE desvendou, entre outras coisas, as embaraçosas confusões com discos dos SEPULTURA e com os METALLICA, cuja identidade foi durante alguns anos confundida com a banda de Billy Corgan

"Tenho dois primos que eram aqui de Lisboa, da Sobreda... Eu morava na Lousã, devia ter uns dez ou doze anos, e eles chegaram lá a casa de férias com o «Arise». Oiço aquela voz invertida ao início, 'obscured by the sun', e pensei: 'Isto é a coisa mais fixe de sempre'. Fui logo deixar o cabelo crescer", começou por relatar Rui Alexandre. Já sobre o catálogo dos SEPULTURA e dos METALLICA ficou evidente que o que mais interessava era mesmo a música, mais do qualquer detalhe biográfico. "Fui comprar o «Chaos A.D.» em Leiria, por engano, a pensar que era o «Arise». Fui comprar o «Black Album» que era daquela banda que tinha uma baterista que depois afinal era o Lars Ulrich... não havia Youtube, foi espectacular."

Ainda em relação aos primos que o apadrinharam na arte de tocar guitarra, Rui Alexandre endereça rasgados elogios e deixa alguns conselhos aos jovens aspirantes a guitarristas. "Eles mudaram-se para a Lousã e tocavam guitarra acústica. Basicamente faziam duetos mas já com downpickings à maneira, a tocarem a «The Call Of Ktulu» [METALLICA]... Pensei, 'espera aí, já não quero ser como eles, quero ser eles'. Então juntei-me a eles, comecei a vê-los a tocar e acho que é assim que se aprende guitarra. É sempre o conselho que dou: queres aprender a tocar guitarra? Vai tocar com quem saiba, porque vais aprender as técnicas principais. Se vais aprender com quem não sabe vais aprender os vícios que não interessam. Às vezes alguns vícios de músicos provocaram que se desenvolvessem algumas técnicas interessantes. Por exempo, o Chris Poland dos MEGADETH tinha um problema, acho que num mindinho, e então ele faz assim uns bend marados à pala disso", concluiu, fazendo ainda uma revelação "comprometedora" sobre os referidos parentes: "Já lhes roubei um riff para a última música do nosso EP, a «Last Fire».  

Quanto a Sérgio Alves, a juventude também atraiçoou a sua cultura musical. Ou foi tudo uma questão de estar no sítio errado à hora errada? "Atenção que era mesmo muito novo, acho que nem dez anos tinha. Vi no Top + o videoclip [de THE SMASHING PUMPKINS] e... 'então estes é que são os METALLICA?', porque não tinha apanhado o início [do vídeo], a legenda. Depois anos mais tarde, o primeiro disco que ouvi foi o «...And Justice For All». Ainda hoje é o meu favorito. Mas pensei, 'isto não tem muito a ver com aqueles METALLICA que tinha visto'. Depois é que vi que eram bandas diferentes. Foi engraçado. Cheguei a essa conclusão já tinha para aí uns catorze ou quinze anos. Não havia internet para pesquisar isso tudo... também não pesquisei muito."

Oiça a entrevista completa aqui

«The Empire Strikes Black», álbum de estreia do grupo, é lançado a 23 de Fevereiro pela Nordavind Records (pré-reservas aqui) e é composto por doze faixas produzidas entre os Ultrasound Studios, na Moita, e o Golden Jack Studios. O disco encontra-se disponível para escuta na íntegra no Puregrainaudio.

O concerto de apresentação está agendado para 1 de Março no Salão Brazil, em Coimbra, com os REVOLUTION WITHIN e DESTROYERS OF ALL

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