TERROR EMPIRE - «The Empire Strikes Black» [review]
Dada a popularidade que os TERROR
EMPIRE têm construído em palco nos
últimos dois-três anos, referirmo-nos a «The Empire Strikes Black» como "o
tão aguardado álbum de estreia" não é despropositado nem tão pouco um
golpe publicitário. Mas serão essas expectativas satisfeitas?
A introdutória «The Empire
Strikes...» não é bem uma ameaça velada já que a sua melodia sinistra não
deixa qualquer dúvida sobre a destruição que se aproxima. E «... Black» é toda ela destrutiva. Ou
quase toda. Entre o ritmo implacável surge um dedilhar suave de cordas, o que
normalmente consideraríamos um daqueles pormenores preciosos, que marcam a
diferença. Mas a conjugação de batidas, riffs, solos e demais elementos de «... Black» é distinta por si só,
aquele pormenor enriquecendo uma composição já rica q.b..
Nenhum dos outros temas fica atrás, nesta relação estreita entre
qualidade e brutalidade. Como o trabalho de guitarra de «Servant», por exemplo, e o modo incisivo como "you are"
e "the servant" são proferidos no refrão, ambas as expressões ficando
gravadas na memória instantaneamente. Ou
a homenagem ao thrash da velha guarda em «Revolution
Now», quando a letra é cantada em tom estridente e a uma velocidade
semelhante à dos locutores de rádio a relatar jogos de hóquei em patins. A
firmeza de «Man Made Of Sand». A ressonância
do baixo ao longo dos mais de cinco minutos de «Break The Cycle». Até a curta instrumental «Reality Check».
Respondendo à questão colocada no primeiro parágrafo: absolutamente! Os
TERROR EMPIRE poliram todos os aspectos do thrash tradicional, tornando-os
mais definidos, mais vivos. Com umas pitadas de death aqui, um pouco de groove ali, o resultado é um álbum
intenso e moderno que certamente será recebido de braços abertos pelos fãs do
género em geral. Quanto aos fãs da banda, esses vão sentir-se orgulhosos e
recompensados pela espera.
Classificação: 8/10 [R.L.]
Data de
lançamento: 23 de Fevereiro de 2015
Edição: Nordavind Records
Nota de estúdio: misturado
e masterizado por João Dourado; captado nos Ultrasound Studios, na Moita, e Golden Jack Studios, em Coimbra.
Estilo: thrash
metal
Origem:
Coimbra
Formação: 2009
Alinhamento:
1. «The
Empire Strikes...» (1:38)
2. «...
Black» (3:58)
3. «The
Servant» (4:22)
4. «Skinned
Alive» (3:40)
5. «Revolution
Now» (2:20)
6. «The
Route Of The Damned» (4:30)
7. «Man
Made Of Sand» (4:20)
8. «Reality
Check» (1:32)
9. «Protective
Wolves» (3:39)
10. «Strings
Of Rebellion» (3:50)
11. «Good
Friends Make The Best Enemies» (3:49)
12. «Break
The Cycle» (5:33)
Duração: 43 minutos
Elementos:
Ricardo Martins (voz)
Sérgio Alves (guitarra solo)
Rui Alexandre (guitarra ritmo)
Rui Puga (baixo)
João Dourado (bateria)
Discografia:
«Face
The Terror» (EP - 2012)
«The Empire Strikes
Black» (CD - 2015)