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BOOBY TRAP explicam qual deve ser a atitude dos rockeiros


Conquistaram o underground nacional na década de 90, mas nem assim escaparam ao estigma do cansaço e da estagnação e despediram-se após cinco anos de "rebaldaria". Ainda assim, foi durante esse período que conseguiram uma média notável de 120 concertos, alguns ao lado de nomes tão sonantes como CRADLE OF FILTH, HYPOCRISY, GRAVE, MOONSPELL ou TARANTULA. Contra todas as expectativas, regressam em 2012 para dois concertos - já sem Nuno Barbosa na guitarra e Ricardo Melo no baixo - e, com a sensação de já terem visto este filme nalgum lado, não resistem aos encantos de puderem tocar novamente o seu típico crossover de thrash e punk e não tardou até terem um novo conjunto de temas que resultou no álbum de estreia «Survival», editado em 2013 em CD e reeditado um ano depois com temas bónus (pela Non Nobis Productions) e em vinil (pela Sasg Records).

Resta salientar que para além da sua música, o seu carisma tem origem num estado de espírito descontraído e satírico que alimentam desde os seus primórdios e que dá um toque especial à sua forma de fazer crítica social. Por esta ordem de ideias, confessaram à edição de Fevereiro da Ode Lusitana (ver aqui) que são pessoas de personalidade forte mas desbragadas e que gostavam de ver o mesmo espírito em muitas outras bandas.

"Nós todos somos pessoas com opiniões muito vincadas e críticas sobre tudo e mais alguma coisa do que acontece na sociedade", começa por explicar o vocalista Pedro Junqueiro. "Obviamente que seria difícil enfrentar tudo isto se não fosse com um toque de humor. Infelizmente é uma coisa que me custa um bocado... ainda agora fomos a um concerto e 90 por cento das bandas que estão em palco parece que estão ou demasiado sérias ou demasiado empenhadas em tocar as coisas de forma perfeita", afirma desgostoso, acrescentado que "não entendemos que este seja o verdadeiro espírito do rock".

"Não sei quem disse uma vez, 'se é perfeito não é rock'. O rock tem que ser uma coisa emotiva, visceral. Eu quando comecei a ouvir thrash nos anos 80, as bandas que mais me cativavam eram aquelas que tinham um toque de humor - os ANTHRAX, ACID REIGN, aquelas conversas de brincadeira, de cenas punk divertidas, SACRED REICH. Vê-se as gravações de BOOBY TRAP e têm sempre que ter uma piada pelo meio, senão não é BT", defende, prometendo que o próximo álbum da banda será o seu mais divertido de sempre.

Precisamente sobre este novo trabalho, o grupo de Aveiro garante que o processo de composição já está adiantado. "Podemos adiantar que realmente estamos a trabalhar num novo álbum que está dois terços escrito", diz Junqueiro. "Se tudo correr como estamos a pensar, na altura do Verão estaremos a gravar. Felizmente que não temos pressões de parte alguma. Somos uma banda totalmente independente", conclui, com o baterista Miguel Santos a colmatar: "Será sempre crossover".

Os BOOBY TRAP actuam a 24 de Abril no Metalpoint, no Porto, no âmbito do Paws And Claws IV, que reúne ainda os TEMPLÁRIOS DO ROCK, BLACK SOMBRERO, WATERLAND, THE RANSACK, NETHERGOD, CATACOMBE e SOULS OF ROCK. O evento prolonga-se até ao dia 25 e é organizado pela Associação Esperança Animal/AASAGRIJO, que promove com esta iniciativa a recolha de alimentos e artigos para animais. Os espectáculos têm início às 22h00 e o bilhete diário custa 5 euros.

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