Mário Rodrigues [PROJEKT NÖIR] e o metal nacional: «Estamos ao mesmo nível do resto da Europa»
Foto: Susana M. Rodrigues |
"Em
relação ao factor qualidade, acho que estamos ao mesmo nível da Europa. Temos
bandas que poderiam figurar em festivais internacionais e não nos deixariam
ficar mal vistos, muito pelo contrário", diz o veterano músico lisboeta.
Seguindo o mesmo raciocínio, afirma que o público nacional é também símbolo de uma devoção que não deixa as bandas estrangeiras indiferentes. "Portugal pode
orgulhar-se de quase todas as bandas internacionais que pisaram os nossos
palcos se mostrarem positivamente surpreendidas ao ver os nossos headbangers em acção."
Embora o
seu discurso optimista, há um ponto em que o guitarrista não acredita que se operem mudanças:
"Falando dos apoios, não sei o que dizer... Acho que o Estado português
não está nem nunca estará virado para esta parte específica da nossa cultura
musical. O metal não é bem visto nem nunca o será, tirando raras excepções de
algumas câmaras municipais que já viram que podem tirar dividendos comerciais
desses festivais. Aí sim, começa a existir alguma ajuda no sentido de divulgar
e apoiar bandas e projectos nacionais na área do metal que não apenas e somente
os mais mainstream ou com reconhecimento internacional."
Os PROJEKT
NÖIR são o projecto a solo de Mário Rodrigues (que assume aqui o pseudónimo Darksoul 13), fundado no final de 2014. «Ský»
é o seu primeiro registo, editado a 14 de Fevereiro em formato digital e posteriormente
em cassete (50 cópias) e CD digipack (100 cópias). A distribuição está a cargo
da Fatsound Productions.
Nesta
aventura, o também guitarrista dos KARBONSOUL contou com o vocalista islandês
Jóhann Örn [DYNFARI] e o baterista José Gonçalves [EMPIRE]. Musicalmente, o
projecto move-se pelos meandros mais ambientais e avant-garde do black metal.