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ACROMANÍACOS narram em exclusivo a sua estreia nos Açores


Os bobadelenses ACROMANÍACOS actuaram pela primeira vez nos Açores a 17 e 18 de Abril. Vinte e três anos de punk bagaceiro e enviesado, sobretudo pelas suas letras, foram disseminados em Angra do Heroísmo em duas noites que terão deixado marcas na própria banda mas também naqueles que "arriscaram" comungar de odes como «Bolachinhas Nuku», «O Homem-Merda» ou «Pila Mole». Em exclusivo, o despudorado trio acedeu relatar as peripécias desta odisseia atlântica.

"Os ACROMANÍACOS tiveram o privilégio de poder tocar duas noites em Angra do Heroísmo graças à amizade criada com o terceirense Fábio (baterista dos extintos PRÓTESE INVOLUNTÁRIA). E assim foi.

Chegámos à Terceira bem cedo na sexta-feira e durante o primeiro dia tivemos tempo para a visita guiada da praxe a essa bela ilha. Conhecemos bastantes pessoas, comemos queijo como se o mundo fosse acabar nesse dia, bebemos até não poder mais e à noite demos o nosso primeiro concerto no Backstage Bar, um concerto surpresa, que se revelou soberbo em todos os aspectos. A audiência foi extraordinária, a festa aconteceu como era esperado e passadas duas horas de música ao vivo a sensação foi a de dever cumprido.

Já no segundo dia, nova volta à ilha, aproveitando o sol que nos brindou para tirar umas fotos e beber mais umas fresquinhas. O espaço onde ia acontecer o concerto era igualmente belo e iríamos ter a presença da banda da casa MUFASA. Quando começaram a surgir os primeiros acordes a casa já estava composta e a prestação desta jovem banda de punk foi mais que boa. Grande som, grande atitude, excelentes rapazes. A seguir, subimos ao palco e, uma vez mais, a festa durou duas horas, com o público levado ao êxtase entoando algumas das canções mais emblemáticas da banda. Inclusive, a canção «O Homem-Merda» foi cantado na integra por uma fã que estava na plateia e que não parou quieta durante um segundo durante a actuação. Melhor é impossível.

O concerto acabou com a habitual ameaça da polícia, algo que é apanágio deste tipo de cultura, mas para delícia de todos os presentes foi mesmo no fim da última canção, não havendo pois espaço para retaliações por parte desses senhores. Uma vez mais, a sensação no final foi a de dever cumprido ao mais alto nível.

Domingo, dia 19 de Abril, partíamos bem cedo para o continente e levávamos nas nossas almas uma sensação de satisfação e ao mesmo tempo de saudade… saudade de abandonar um lugar tão maravilhoso que nos recebeu tão bem e onde deixamos um pouco do melhor que temos em nós. Obrigado ilha Terceira e até à próxima… sim, porque iremos voltar. Temos mesmo que voltar!"

Os ACROMANÍACOS encontram-se a preparar o seu quinto longa-duração, sucessor de «Bob» (2008), que deverá estar no mercado em Julho. 

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