CRUZ DE FERRO: novo tema «Quinto Império» + lyric video [streaming exclusivo]
«Quinto Império» é o primeiro avanço do álbum de estreia dos torrejanos CRUZ DE FERRO, «Morreremos de Pé», disponível em exclusivo na SounD(/)ZonE (em formato pré-produção).
Baseado no pensamento do Padre António Vieira [1608-1697], o Quinto Império é uma crença messiânica, de teor milenarista e apocalíptico, que foi difundida postumamente na obra «História do Futuro» [Lisboa Ocidental, 1718]. Na defesa deste auspício, António Vieira baseou-se no «Livro de Daniel», o qual evocava um sonho do rei babilónico Nabucodonosor II [634-562 A.C.], fazendo-lhe sugerir uma sucessão cronológica da ascensão e queda de quatro impérios mundiais: o Assírio, o Persa, o Grego e o Romano. Deste modo, e segundo a Providência Divina, o Quinto Império seria o Império Português, numa altura em que Portugal estava em pleno processo de guerra de independência face a Espanha [1640-1668].
O pensamento utópico do Quinto Império seria repensado na obra de Fernando Pessoa [1888-1935], nomeadamente na obra «Mensagem» [1934], sendo um dos pontos fulcrais do pensamento mitológico e universalista nacional. Assim sendo, os CRUZ DE FERRO prestam homenagem ao velho Portugal e à sua glória imortal.
Os CRUZ DE FERRO iniciaram nos últimos meses de 2014 as gravações de «Morreremos de Pé» com Arlindo Cardoso [LOW TORQUE, ex-W.A.K.O.], responsável também por tocar bateria no álbum. Recentemente, o colectivo de heavy metal tradicional (cantado em português) apresentou também a capa do disco (abaixo) assinada por Pedro Sena [ANALEPSY, PUNCHDOWN]. O seu grafismo foi inspirado na célebre batalha de Toro, travada em 1476 entre as tropas portuguesas capitaneadas por D. Afonso V [1432-1481] e as tropas castelhanas de D. Fernando II [1452-1516], rei de Aragão, Leão e Castela. Foi, de resto, um dos últimos combates na Baixa Idade Média peninsular.
Baseado no pensamento do Padre António Vieira [1608-1697], o Quinto Império é uma crença messiânica, de teor milenarista e apocalíptico, que foi difundida postumamente na obra «História do Futuro» [Lisboa Ocidental, 1718]. Na defesa deste auspício, António Vieira baseou-se no «Livro de Daniel», o qual evocava um sonho do rei babilónico Nabucodonosor II [634-562 A.C.], fazendo-lhe sugerir uma sucessão cronológica da ascensão e queda de quatro impérios mundiais: o Assírio, o Persa, o Grego e o Romano. Deste modo, e segundo a Providência Divina, o Quinto Império seria o Império Português, numa altura em que Portugal estava em pleno processo de guerra de independência face a Espanha [1640-1668].
O pensamento utópico do Quinto Império seria repensado na obra de Fernando Pessoa [1888-1935], nomeadamente na obra «Mensagem» [1934], sendo um dos pontos fulcrais do pensamento mitológico e universalista nacional. Assim sendo, os CRUZ DE FERRO prestam homenagem ao velho Portugal e à sua glória imortal.
Os CRUZ DE FERRO iniciaram nos últimos meses de 2014 as gravações de «Morreremos de Pé» com Arlindo Cardoso [LOW TORQUE, ex-W.A.K.O.], responsável também por tocar bateria no álbum. Recentemente, o colectivo de heavy metal tradicional (cantado em português) apresentou também a capa do disco (abaixo) assinada por Pedro Sena [ANALEPSY, PUNCHDOWN]. O seu grafismo foi inspirado na célebre batalha de Toro, travada em 1476 entre as tropas portuguesas capitaneadas por D. Afonso V [1432-1481] e as tropas castelhanas de D. Fernando II [1452-1516], rei de Aragão, Leão e Castela. Foi, de resto, um dos últimos combates na Baixa Idade Média peninsular.
Nessa batalha, cujo
resultado permanece inconclusivo, distinguiram-se o príncipe D. João [1455-1495]
que viria a reinar como D. João II de Portugal, assim como Gonçalo Pires e
Duarte de Almeida, o alferes-mor do reino, a quem estava confiado o estandarte
português. No calor da refrega, Duarte de Almeida foi rodeado pelo adversário,
o qual lhe decepou a mão que carregava o pendor nacional. Acometido de dores
atrozes, consegue transpor o estandarte para a outra mão, a qual é igualmente
golpeada. Por fim, cavalga com a bandeira nacional fixada nos dentes e com o
apoio dos cotos dos braços decepados, até que, finalmente, é derrubado.
Contudo, um companheiro de armas, Gonçalo Pires, mais tarde conhecido como o
"Bandeira", consegue reaver o estandarte perdido das mãos do inimigo. Levado como prisioneiro
para terras de Espanha, Duarte de Almeida foi tratado com honra e fidalguia,
tendo as suas armas sido expostas na catedral de Toledo em sinal de respeito e
veneração. Regressado a Portugal, morre esquecido e quase na miséria. Para a
posteridade, ficaria nomeado como o "Decepado", designação que também
inspirou um dos temas presentes no álbum «Morreremos de Pé».
Os CRUZ DE FERRO explicaram recentemente a demora na conclusão do seu primeiro álbum. "A quase totalidade dos temas já está composta há cerca de um ano, mas só agora consideramos que estão prontos para serem gravados. Houve temas que 'caíram', novos que surgiram, outros que foram totalmente reestruturados, pormenores que precisaram de atenção... Se nos pudéssemos dedicar diariamente apenas aos temas, este trabalho já estaria gravado há muito. No entanto, o tempo fez os temas crescerem, melhorou-os."
Os CRUZ DE FERRO formaram-se em 2009 e estrearam-se com o EP «Guerreiros do Metal», em 2012, de onde extraíram o single «Defensores». O seu primeiro longa-duração inclui dez temas, entre os quais «Morreremos de Pé» e «Santiago», e deverá estar no mercado em meados de 2015. É ainda considerado um disco de heavy metal "épico e bárbaro".
Em Setembro de 2014 o vocalista e guitarrista Ricardo Pombo apresentou o seu projecto VENENO, cuja estreia, «As Longas Barbas de Satanás», está prevista para Outubro pela Ferro Records.
