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MOONSPELL fazem balanço da «Road To Extinction Tour»: «Saímos dela uma banda ainda mais unida»


Os MOONSPELL encerraram no passado domingo a primeira "volta" da digressão de promoção ao novo álbum «Extinct». Foram 24 datas quase consecutivas que a banda de gothic metal lisboeta cumpriu a partir de 12 de Março e que desembarcaram na Holanda, Bélgica, Alemanha, Suíça, Itália, França, Espanha, Portugal, Luxemburgo e Inglaterra.

Em dois diários assinados por Fernando Ribeiro e publicados no Blitz e Antena 3, é possível reviver alguns dos momentos mais íntimos e marcantes da nova jornada europeia da banda portuguesa mais internacional de sempre. 

Entre algumas das passagens de destaque na prosa de Ribeiro, a constatação da falta de infra-estruturas adequadas aos espectáculos alternativos em Portugal comparativamente à Holanda: "A sua rede de clubes, com apoio estatal, é fabulosa. Todas as cidades, grandes ou pequenas, têm uma sala que simplesmente não existe num Portugal de arquitectos e políticos que não se lembraram do rock e só pensaram no conforto 'sentadinho' do fado e da canção popular. Há música que se ouve de pé!"

Na hora da despedida, o vocalista remete-se ao balanço: "Sentadinho num sofá do lounge no aeroporto de Berlim, faço contas de cabeça. Não essas que vocês pensam, mas as contas pelo que passámos nesta tour e como saímos dela uma banda ainda mais unida. Tivemos sucesso, sim. À nossa escala, esta digressão não passou despercebida aos fãs, aos media especializados, a toda a gente que nos quis ver, ouvir, falar de nós. (...) Faço uma listinha para quando chegar a casa, pois a vida não pára, e daqui a duas semanas estaremos noutro avião, mas para o México (...). Primeiro as mãos têm de desinchar, os papos debaixo dos olhos desaparecer, lavar este cheiro de tour, uma mistura do cheiro de toda a gente, do tabaco de toda a gente, das respirações cruzadas. (...) Mas é altura de desaparecer nem que seja um bocadinho. (...) Vou descer a persiana sobre os MOONSPELL."

No mesmo tom compendioso, expõe: "Amanhã acabamos a tour. Nem vou dizer que foi um turbilhão. Nem vou dizer que tivemos tudo; sucesso, trabalho, lágrimas seguras por abraços, reconhecimento, erros, superações. Tudo acerca da extinção é intenso e nunca parámos. Podemos até chegar a um muro negro por vezes, mas fomos lestos a trepá-lo. Muitas vezes nos embalámos nos braços dos fãs, nos seus olhares, nas suas palavras de conforto. Conhecem-nos bem melhor agora. Ainda bem. Todos ganhamos."

Sobre a morte do pai do guitarrista Ricardo Amorim, anunciada quando partiam para Santiago de Compostela, o também escritor natural da Brandoa enaltece a importância do apoio dos fãs no concerto de Paris. "A sala [Le Trabendo] esgotou há semanas e ainda há procura, e a nossa fila rivaliza, à devida escala, com a do Robbie Williams, que se apresenta aqui ao lado na sala irmão mais velha, o Zenith. A palavra de ordem é superação e catarse dos males que se abateram sobre nós, especialmente a morte do pai do Ricardo Amorim. Nunca a música nos soube a tanto, nunca o aplauso nos fez tão felizes, nunca os olhos, a reverência prestada e o respeito pela banda nos levou tanto para cima. E nem levámos três dias a regenerar o que fosse preciso e continuar a olhar em frente."

A partir de 24 de Abril e até 19 de Maio, os MOONSPELL estarão no continente americano para mais uma sequência de 24 datas entre Estados Unidos, México e Canadá. Os SEPTICFLESH serão novamente parceiros de tour, à qual se juntam os suecos DEATHSTARS. A 18 de Julho viajam até Espanha para participar no Resurrection Fest, com nomes como MOTÖRHEAD, KORN, IN FLAMES BEHEMOTH, e a 25 de Setembro integram o cartaz do Rock In Rio Brasil no mesmo dia em que actuam os NIGHTWISH, STEVE VAI, DE LA TIERRA, MASTODON, FAITH NO MORE e SLIPKNOT.

«Extinct», décimo álbum de originais dos MOONSPELL, alcançou o primeiro lugar do top de vendas nacional na sua primeira semana de lançamento, superando «Uma Questão de Princípio» do grupo de hip hop nacional D.A.M.A. e «Violetta em Concerto» da estrela do programa juvenil Violetta. O disco foi lançado a 6 de Março pela Sony Music Entertainment em Portugal e pela Napalm Records internacionalmente. A produção teve lugar na Suécia com Jens Bogren [ARCH ENEMYOPETHPARADISE LOST] e as ilustrações estiveram a cargo do grego Seth Siro Anton, vocalista e baixista dos SEPTICFLESH.

«Extinct» está disponível em jewelcasemediabook e vinil, com os últimos dois formatos a incluírem quatro remisturas e o documentário «Road To Extinction»

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