James Powell diz-se «arrepiado» com novo disco dos DREAM CIRCUS
Das raízes indissimuláveis do grunge ao rock actualmente
mais musculado, o novo disco dos DREAM CIRCUS impõe-se como um passo em frente
na carreira do grupo de Fazendas de Almeirim, ainda que o vocalista James
Powell não o considere uma assunção estanque e definitiva de uma
identidade.
"Isso é sempre relativo. Acho que sempre que lançamos
um disco dizemos isso!", reconheceu à Via Nocturna. "Pessoalmente, é
o meu disco favorito, apesar de gostar dos outros e ter orgulho em todos os trabalhos
que fizemos até aqui", garantiu.
Sobre os pontos altos de «China White», Powell
destaca: "Há algo de cru e primal neste trabalho que me arrepia quando o
oiço. Penso que isso tem um valor para além daquilo que posso expressar com
palavras."
O músico considera ainda os seis novos temas do grupo como
"mais directos em alguns aspectos, principalmente na sonoridade", mas
ressalva que noutros termos "há mais subtileza", concretamente nas
letras. "Existe um tema recorrente no disco que, apesar de ser um tema
'largo' que abrange muita coisa na nossa realidade, é a fragilidade humana. Por
vezes essa fragilidade é uma reacção natural, emocional, a coisas que acontecem
nas nossas vidas e noutras alturas pode ser mais auto-inflingida com drogas,
etc. (...) [As letras] "São mais ambíguas", concretiza.
O sucessor de «Land Of Make Believe» (2012) foi produzido por Pedro Mendes [W.A.K.O., SULLEN] nos Ultrasound Studios, em Braga, e está disponível desde 8 de Junho pela Ethereal Sound Works.