Review
WAR FROM A HARLOTS MOUTH
“MMX”
[CD – Lifeforce Records]
Talvez a perceber o declínio do metalcore e ascensão da sua derivação mais extrema – o deathcore -, os WFAHM podem ter pensado que o melhor era mesmo não depender deles, embora inevitavelmente estivessem contagiados por algo que é actual, o que ganha ainda mais impacto numa banda jovem. Todavia, aptos a estimular a sua excentricidade criativa e elevar padrões experimentalistas, estes músicos de Berlim desde cedo souberam distanciar-se da descodificação mais lata do estilo, e são reconhecidos precisamente por oferecer algo mais do que o convencional.
Extremismo em várias frentes e uma costela jazzística fazem a personificação sonora dos WFAHM. O terceiro disco da conta pessoal é o congregar de todos os elementos que os definiram até hoje com a adjacente e bem visível marca da maturidade que ganharam em inúmeros concertos à volta do globo. Sente-se uma banda ainda mais incisiva e provocante na forma como destila a sua fúria e agora num nível superior de obscuridade e dissonância face à inclusão das guitarras de oito cordas. Alguém falou em Meshuggah? Pois claro que os WFAHM não são nem tão pouco “aritméticos” do que os suecos, mas a inspiração advirá daí. E menos dúvidas restam quando ouvimos temas como “Cancer Man” ou o final de “Sleep Is The Brother Of Death”.
“MMX”
[CD – Lifeforce Records]
Talvez a perceber o declínio do metalcore e ascensão da sua derivação mais extrema – o deathcore -, os WFAHM podem ter pensado que o melhor era mesmo não depender deles, embora inevitavelmente estivessem contagiados por algo que é actual, o que ganha ainda mais impacto numa banda jovem. Todavia, aptos a estimular a sua excentricidade criativa e elevar padrões experimentalistas, estes músicos de Berlim desde cedo souberam distanciar-se da descodificação mais lata do estilo, e são reconhecidos precisamente por oferecer algo mais do que o convencional.Extremismo em várias frentes e uma costela jazzística fazem a personificação sonora dos WFAHM. O terceiro disco da conta pessoal é o congregar de todos os elementos que os definiram até hoje com a adjacente e bem visível marca da maturidade que ganharam em inúmeros concertos à volta do globo. Sente-se uma banda ainda mais incisiva e provocante na forma como destila a sua fúria e agora num nível superior de obscuridade e dissonância face à inclusão das guitarras de oito cordas. Alguém falou em Meshuggah? Pois claro que os WFAHM não são nem tão pouco “aritméticos” do que os suecos, mas a inspiração advirá daí. E menos dúvidas restam quando ouvimos temas como “Cancer Man” ou o final de “Sleep Is The Brother Of Death”.
De qualquer forma, os WFAHM sugam inspiração de muitas direcções. São espasmódicos ao jeito de uns The Dillinger Escape Plan e devastadores como uns Despised Icon. A sua face jazzística está agora mais diluída, o que significa que o grupo deu maior expressão ao peso. Ainda assim temos interessantes passagens mais serenas, como em “To Age And Obsolete” e “Sugarcoat”, inesperados mas vitais fôlegos que combinam na perfeição, por exemplo, com o caos de “Spineless”.
Para isso tudo isso é inevitável perícia e técnica, incontornavelmente um dos destaques deste colectivo. Juntando a audácia das composições, os WFAHM tornam-se num respeitável projecto na área do metal, sobretudo, experimental e com “MMX” passam, definitivamente, de promessa a certeza. [8.7/10] N.C.
Estilo: Death/Math/Jazzcore
Discografia:
- “Transmetropolitan” [CD 2007]
- “In Shoals” [CD 2009]
- “MMX” [CD 2010]
www.wfahm.com
www.myspace.com/warfromaharlotsmouth
