Drowning Pool associados a homicídio de Arizona
Na sequência do massacre ocorrido no passado sábado em Arizona, onde um jovem de 22 anos disparou mortalmente sobre seis pessoas e feriu outras 14, incluindo o republicano Gabrielle Giffords, que na altura fazia um comício, especulou-se que o tema “Bodies” dos Drowning Pool tivesse alguma influência no acto. Isto porque o homicida, Jared Lee Loughner, tinha um vídeo favorito no Youtube onde se via uma pessoa mascarada a queimar a bandeira americana com o tema “Bodies” a tocar no fundo.
Os Drowning Pool responderam ontem online: “Ficámos devastados esse fim-de-semana quando soubemos do trágico acontecimento no Arizona e de que a nossa música foi mal interpretada, outra vez. “Bodies fala da "irmandade" do moshpit e sobre o respeito que as pessoas devem ter umas pelas outras quando fazem parte dele. Se empurrares outra pessoa para o chão, tens que levantá-la. Este tema nunca foi sobre violência. Tem que ver com respeito”. O grupo sublinha ainda o facto de o tema “Soldiers” ter sido tocado frente a soldados no Iraque, Afeganistão e Kuwait, servindo ainda para uma petição em favor da Lane Evans Mental Health Care Reform Bill, apresentada ao presidente norte-americano.
O grupo mostra-se indignado com as acusações de que foi alvo: “Alguém apontar um vídeo que fala sobre o moshpit como incentivo para um acto violento, só mostra o quão doente é”.
A esta ideia explorada pelos media deverá ter tido influência a notícia divulgada pelo Washing Post que dizia que “Bodies” foi usado como instrumento de tortura na prisão de Guantánamo, em 2003. Presumivelmente, o tema era tocado repetidamente de forma a enervar o detido Mohamedou Ould Slahi, suspeito de envolvimento no 11 de Setembro.