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Review

GWEN STACY
“The Life I Know”
[CD – Ferret Music]

Já é apanágio da poderosa independente Ferret Music encher o seu catálogo com produtos que podem facilmente agarrar uma moda cada vez mais popular nos Estados Unidos. O termo “maldito” tinha mesmo que vir à superfície, falamos do metalcore, pois claro, mas no caso dos Gwen Stacy esse manifesta-se na vertente mais “amável” e sensível desta insígnia – christian metalcore, portanto. Temos aqui então música com os breaks mais previsíveis que possam haver, com as melodias mais chorosas e rezas morais forjadas à sua costela cristã, num trabalho que em míseros minutos nos dá o seu retrato completo.

Na verdade, expectativas é coisa que, infelizmente, após dois temas, nem podemos ter. Para além de um nome ridículo, como, aliás, muitos dos projectos deste género têm adoptado ultimamente – que raio de ideias andam a povoar o imaginário desse pessoal? – mas que ainda assim nos dá algum gozo ao lembrar das peripécias que a personagem passou com o Homem-Aranha nos idos anos 60 e 70 em que a BD era muito popular, pouco há, de resto, a assinalar de importante nestes 12 temas. Quem for apaixonado por bandas como The Devil Wears Prada, Haste The Day ou Inhale Exhale irá, com certeza, à “bola” com estes Gwen Stacy embora este quarteto de Indianapolis se manifeste mais raivoso, balançado e dissonante em alguns momentos.

É complicado falar dos tiques de cada estilo ou questionar as premissas que, no fundo, distinguem uma ideologia, mas quando se cai na apatia em termos de composição não há boa vontade que aguente. Este é um estilo que, sem o mínimo de cuidado, soa todo ao mesmo – diga-se sem receios. As bandas recriam-se na ânsia, muitas vezes, de suas tenras idades e com o intuito de alcançarem o rápido reconhecimento pulando, claro está, para o “barco” que lhes é mais convidativo e oferece mais perspectivas de sucesso…

Alegoricamente se alude a uma realidade não muito saudável e enquanto este tipo de músicos não se esclarecerem quanto às possibilidades de um futuro duradoiro ficaremos a assistir a um recalcar, emular – ipsis verbis – de discos que são… cópias uns dos outros! Não estou a ver as centenas de bandas que existem neste quadrante actualmente, principalmente, nos Estados Unidos, a subsistirem durante muitos anos nem a alcançarem mais de meia-dúzia de discos editados…

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