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Review

DISTRICT
“Great Exit Lines”

[CD – Golf/PHD/Recital]

A simplicidade da capa de “Great Exit Lines” talvez não seja o factor mais favorável para atrair o consumidor/ouvinte para esta rodela. Mas como em muitos casos, as aparências podem iludir. De brutal já esperávamos que nada tivesse e esta realidade constata-se imediatamente ao pôr-se a rodar “Air”, o primeiro tema propriamente dito e que antecede uma curta [e até desnecessária] introdução.

Quanto ao trabalho dos District propriamente dito, à medida que o vamos escutando, vai ficando a ideia de que, apesar de ser uma banda de rock britânico, daquele de pendor predominantemente orelhudo e virado para as massas, a verdade é que este quinteto de Brighton não soa, por estranho que pareça, enfadonho. É verdade que não oferece nada de revolucionário nem com grandes aspirações dentro de um estilo preenchido por uma imensidão de bandas, mas as malhas são “redondas” e perspicazmente construídas para que tenhamos algum respeito por elas. Rock tradicionalmente britânico com raízes nos anos 80 e 90 e com uma destacada nomenclatura pop, diga-se de passagem. Ora isso já poderá servir de cartão vermelho para os adeptos do metal puro e duro que não admitem trabalhos como este no seu leitor. Também não será menos verdade dizer que este tipo de trabalho não demonstra à partida grande longevidade, face à sua natural superficialidade, mas em determinadas ocasiões até nos soa agradável e descontraído... Tudo dependerá das ocasiões.

Melodia e refrões apaixonados são a marca de relevo destes 12 temas, alternando com um ou outro riff mais duro. Mas tudo aqui é declaradamente dirigido ao coração... Sim, é um disco emo! Não obstante ser esta a realidade deste trabalho, a coesão ressalva-se e atingi-nos na cara com toda a convicção, ocultando de todo o facto desta banda ter apenas ano e meio de existência. Com a experiência angariada pelos seus membros nos Hiding With Girls, senhores de vendas consideráveis e tournées ao lado de nomes como os Alexisonfire, Coheed And Cambria, Alter Bridge e The Bled, não seria de esperar outra coisa. A produção de Jonh Mitchell também ajuda muito a que este disco soe como um trabalho de um nome firmado, daqueles que passam insistentemente na MTV. Ora se este para lá não for confinado, tem todo o seu perfil e até potencial. Um disco interessante para os amantes do género que não deixa nada a dever aos seus directos competidores.

[7/10] N.C.
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