Músicos Avulso - Carlos Cariano (Malevolence)
"Era lindo reencarnar no Darth Vader"
Aqui começa o verdadeiro “striptease” intelectual aos músicos da nossa praça e arredores, do mais reconhecido ao anónimo. Sem descriminar ninguém e fazendo jus ao título desta rubrica, a SoundZone tentará dar a conhecer ao público o lado menos visível e mais humano dos artistas desprendendo-se do conceito de banda. A filosofia é a da descompressão, do entretenimento, de um certo “recreio dos sentidos”, mas sempre com o intuito de se tentar transmitir pontos de vista, personalidades e vivências que nos possam servir de referência. A SoundZone pretende também com este um espaço interactivo. Por isso, fazemos o apelo aos nossos leitores para que nos sugiram por e-mail questões e artistas que gostariam de ver neste formato. Aqui (quase) nada ficará por dizer.
Na sinistra tarde de um héctico dia 6 de Maio de 1975 (37 anos),
algures numa manjedoura com escassa palha situada algures entre os arredores de
Estugarda e Herrenberg, na Alemanha, foi despejada nesta vil esfera uma das
maiores incarnações do infortúnio que os humanos já tiveram oportunidade de
presenciar. O que supostamente era para ser um funeral tornou-se num
nascimento! [risos]
Como descreve sua terra natal e que sentimentos
esta lhe traz? Gosta de ter crescido lá ou se pudesse tinha escolhido outra
localidade ou mesmo país para nascer?
Com tantos países no mundo subdesenvolvidos, nem sei como
acabei por cortar o cordão umbilical num tão desenvolvido. Até à questão de uns
dois ou três anos, sinceramente, nem sabia situar muito bem a manjedoura onde
outrora nasci. Isto porque fui transportado de emergência para Portugal (bem
vindo ao subdesenvolvimento!) [risos], visto que uma sociedade como a alemã não
permite tamanho portento herege no seu país. Posto isto, apenas me deixou este país
aguçar a "naifa", visto que aos três anos já me encontrava em solo lusitano
(rezam as histórias) e, por conseguinte, não me lembro sequer desse período de
infância (nem dos primeiros seis ou sete, pensando bem). Não deve ter sido nada
fácil para quem teve que me aturar, mas ao fim de 33 anos lá voltei novamente
ao local (finalmente) onde nasci e lá estava a manjedoura um pouco corroída da
erosão... e desta feita sem palha nenhuma! Costumam dizer que não se pode ter
tudo, e é bem verdade!
Que traço faz da sua infância? Lembra-se das
brincadeiras e traquinices que tinha? Que tipo de miúdo é que era?
Seguindo a linha de pensamento de ter sido transportado
de emergência para Portugal, pouco ou nada ficou retido na mente desse período
mais febril.
Na escola era um aluno empenhado? Que
matérias/áreas mais o entusiasmavam e, por outro lado, quais as que mais
detestava?
Nem uma coisa nem outra! A escola foi outro dos momentos
complicados! Pelos vistos já todos eram senhores e doutorados e seguindo os
desígnios da vida (diziam eles) ninguém poderia naquela altura ser mais esperto
ou avançar com ideias progressistas face a tais e determinados assuntos. Isto
porque embora nessa altura já se denotasse grande predisposição para a criação,
eu tinha medo (muito mesmo) de ser queimado na "fogueira" das
vaidades. Nesses tempos de escola era mau, mas, hoje em dia, ainda existe tal
procedimento. Senão me falha a memória chamavam-lhe Inquisição! Isto ao
processo que parece que naquela altura já tinha controlo de qualidade e tudo!
[risos]
Lembra-se de algum momento marcante enquanto
estudante? Alguma curiosidade, brincadeira, traquinice, alguma contenda com algum
professor?
Contendas eram mais do que muitas porque ao revelarmos
determinadas maneiras de pensar, fugindo à normativa daqueles tempos (e mesmo
dos dias de hoje), já éramos convidados a ir para o canto olhar para o vértice
entre duas paredes. Não era bem o processo de inquisição e era mais uma espécie
de fase de pré-produção gerando efeitos similares, dependendo sempre da
criatura visada. Largas eram as vezes em que tinha que me deslocar ao
conselho-diretivo da escola, porque, tal como hoje, era um menino muito
incompreendido! [risos] Isto porque se diziam que estava preto à minha frente, eu
fugia um pouco da normativa e dizia que era negro. Era uma carga de trabalhos!
[risos] Ainda me lembro de um momento, com um certo travo trágico à mistura, em
que parece que eu era tão diferente dos outros meninos que até as meninas que
me acompanhavam eram aconselhadas a não o fazer, porque o produto (diziam eles)
tinha defeito e circulava já então pelo lado negro, em vez de pretender ver a
luz no fundo do túnel.
Concorda com o novo acordo ortográfico?
Como sempre fui um menino acompanhando diversos rituais
de expansão do corpo humano (e não só, obviamente) [risos], sempre me dediquei
de uma forma muito autodidacta (até porque muitos professores se recusavam a
ensinar-me) [risos] a descobrir o mundo que me rodeia. Talvez tenha sido essa a
tábua de salvação que ainda hoje me mantém firme e erecto nesta latrina em que
vivemos. E tal como sou muito adaptável a todas (ou quase todas) as
circunstâncias, não me faz qualquer tipo de confusão o novo acordo. Só fico um
pouco desconsolado que favoreça mais o povo brasileiro do que o lusitano. Mas
como me ensinaram (o pouco que me ensinaram) [risos] nas escolas por onde
passei, não devemos ser racistas! Portanto, acho que concordo (lá vem a ideia
da "fogueira" de novo), porque, por vezes, (dizem eles) é mais
vantajoso concordar que discordar…
A sua ligação ao metal surge quando e como?
Penso que foi desde muito cedo, mas, lá está, não me
consigo lembrar-me dos meus primeiros anos de existência. Por conseguinte, deve
ter sido pelo menos por volta dos oito ou nove anos quando, algures na escola,
um tipo com uma cabeleira que mais parecia uma incarnação mais avantajada do
demónio do que a minha, me passou para a mão uma Basf com 90
"minetes" de duração (45 "minetes" de cada lado para não
cansar) [risos], onde se ouviam as primeiras invocações ao lado negro (em que eu
já me encontrava pelo menos há uns 9 anos e daí talvez as minhas recordações
serem zero, porque era tudo igual: escuro, portanto) [risos] de uns
determinados demónios e seus derivados que, ainda que se encontrassem muito mal
escritos, lá se conseguiam decifrar alguns como Metallica, Megadeth, Iron
Maiden e Ozzy Osbourne. Todos os outros eram impensáveis de decifrar até porque
não eram muito convincentes e faziam assim um som muito glam ou rock, coisa que
para mim, andando pelo lado negro da vida, era totalmente impossível de aceitar
ou sequer tentar compreender. Não era aceitável, portanto, e parece que hoje
existe um termo para descrever esses sons mais alternativos. Não me lembro bem
mas ainda no outro dia ia na rua e ouvi dizer que é um derivado musical gay (embora
eu não tenha nada contra esse tipo de vivência, até porque, como disse, não sou
racista) ou algo parecido que chamam a essas sonoridades mais lamechas para
apelar ao coração e tal. [risos] Eu acho que o ar é de todos e olhar para o céu
(seja de que forma e posição for) ainda não paga imposto. Mas pronto, no lado
negro da vida (não é da lua) essas sonoridades não são aceites sequer, porque
lhes falta uma determinada carga negra! Não é que eu concorde a 100%, mas o
lado negro é que manda…
Como aprendeu, neste caso, a cantar?
Não diria cantar, mas sim gritar! Sim, porque naquele
tempo muitas das vezes tinha que gritar para ser ouvido ou então gritar para
tentar ser socorrido! Portanto, acho que nunca aprendi convenientemente a
cantar porque estava sempre com aquele medo muito grande do tal processo
existente. Portugal já era um país mais livre, mas caveiras, cemitérios,
fantasmas ou mesmo, inclusivamente, o "lado negro" da vida não tinha
dessas coisas. Gritar era, portanto, o único remédio! Ainda hoje é assim e quem
menos grita é quem menos é ouvido. A guitarra, a que costumo chamar a segunda
arma de eleição para emparelhar com o grito, foi algo que fui descobrindo (e
ainda hoje tento descobrir, parecendo, por vezes, mais um objecto alienígena do
que outra coisa) [risos] de forma autodidacta e que ainda hoje e todos os dias
me continua a surpreender com os seus atributos! Tudo bem que o processo de
aprender poderia ter sido potencialmente mais rápido mas os professores
teimavam em não me querer ensinar, como já mencionei, e diziam que era uma arte
de acessória ao demónio! [risos]
Qual foi o primeiro disco de metal que ouviu
e o que comprou?
Pois, a memória, tal como tudo o resto, uma vez que eu
andava pelo "lado negro" da vida, não me permitia (nem permitiu)
ficar com esses dados registados. Em concreto, nunca tive a certeza se tinha
sido o "Ride The Lightning" dos Metallica se o "Seventh Son Of A
Seventh Son" dos Iron Maiden. Mas certamente um dos dois foi porque lembro-me
(de forma muito enevoada) que as capas me tinham chamado a atenção por serem
muito diferentes de tudo o resto que eu via até então. Na Basf dos 90 "minetes"
também já existiam alusões a esses nomes. Portanto, deverá ter ajudado
certamente. Hoje, para não esquecer estes dados, realizei um documento em Excel
(antigamente nem computador tinha, pois também era considerado uma ferramenta
de contato com o demónio, o que também não ajudava) [risos] e vou registando-os
para daqui a 30 ou 40 anos me lembrar!
Sempre ouviu metal ou teve aquela fase
pré-metal em que ouvia tudo o que lhe aparecia? Tem, por exemplo, vergonha de
certas coisas que ouvia?
Sinceramente não me recordo pelas razões já mencionadas
anteriormente... "lado negro" e tal! [risos] Mas não tenho qualquer
tipo de pudor em relação ao que realmente me traz deleite nesta esfera vil em que
me locomovo. Um dos meus artistas preferidos sempre foi o Peter Gabriel, o que
muitas pessoas, ditas conhecedoras de música, não compreendem - como pode
acontecer face ao produto que é expelido musicalmente e liricamente do meu
corpo. E pronto, eu tenho algum receio até de divulgar isto publicamente, mas
cá vai: eu nem sempre ando no "lado negro"! [risos] Por vezes,
existem desvios desse caminho porque senão também era tudo negro e depois não
tinha piada. Mas mesmo Peter Gabriel tem criações muito negras e pesadas, embora
não seja o suficiente para me levar aos caminhos do céu ou da dita "luz"
(dizem eles). Sabem, em determinados períodos da minha vida ouvi muitas vozes
dentro da minha cabeça mas também não ligo e faço de conta que nada se passou.
Seguindo em frente…
Qual foi o primeiro concerto a que assistiu?
Outra questão difícil devido às razões apresentadas. É que
isto do "lado negro" atrai com tamanha força que depois é difícil a gente
conseguir lembrar-se dessas coisas. Mas hoje em dia acho que já vi de tudo um
pouco, uma vez que, sendo autodidacta, sou muito eclético a nível de gostos.
E o que mais o marcou até hoje e porquê?
Não existe assim nenhum momento mais ou menos marcante
(no "lado negro" tudo se assemelha ao mesmo) mas houve um dia em
estava mais "luz" do que o normal e acho que chamavam ao local Alvalade
e tinha lá umas quantas criaturas a proliferar os sons do demónio. Quer dizer,
as pessoas que lá estavam diziam que naquele tempo um rebanho como os Metallica
(que também deveriam ser adoradores do "lado negro", porque se
vestiam assim da cabeça aos pés) eram criação do demónio. Mas eu nunca achei
isso porque lia-lhes as letras e sempre as achei bem mais realistas do que o
conteúdo inexistente do "lado negro" (por onde eu muitas vezes
deambulava, ainda que nem sempre contra a minha vontade) [risos]. Mas eu ainda
era bastante novinho e uns 60.000 humanóides todos no mesmo recinto, era um
evento tridimensional naquela altura. Ainda não existia essa coisa que hoje
chamam 3D mas lembro-me que vinham mais dois rebanhos a acompanhar. Portanto,
já era tridimensional naquela altura. O nome dos outros rebanhos acho que
passavam por Suicidal Tendencies (Tendências Suicidas para quem não sabe a
tradução - agora sem risos) e The Cult ou Cult, ou lá o que era! Já viram? Naquela
altura em Portugal assistir a algo que, para além de ser tridimensional já era
considerado um ajuntamento (um rebanho e tal) com um certo culto de tendências
menos boas, também ainda dava direito à "fogueira"! [risos]
Qual é a sua grande referência musical e
porquê?
Tirando o "lado negro" e o Peter Gabriel, acho
que não visiono mais nada. Também está sempre um pouco "escuro" deste
lado para ver mais além…
Quais são as suas habilitações literárias e
qual é a sua ocupação profissional?
Como os professores nunca me quiseram ensinar e sendo
autodidacta, não tenho assim muitas dessas habilitações. Mas acho que estou
habilitado a fazer umas tantas coisas: pregar uns pregos aqui e ali, regar as
flores e cortar a relva do jardim, lavar a loiça do almoço e do jantar, limpar
o pó, fazer uns riscos num programa que chamam de Photoshop (vejam lá o nome
que dão às coisas), entre outros que este local público não me permite
mencionar! [risos] Eu acho que isto é o que se chama de habilitações, ou não é?
Um ser humano estar habilitado a fazer umas tantas coisitas... mas vai na volta,
estou redondamente enganado. Ainda assim vai dando para a sopa e pelo menos não
ando a roubar 23% aqui e ali!
Para si, qual seria a
profissão ideal?
Pregar pregos se tivermos cuidado com os dedos - acho que
posso considerar uma profissão ideal. Hoje em dia existe muitas pessoas a pregar ao lado e quando é em caixões e coisas
do género é chato (é chato coça) [risos], porque depois começam a falar em
coisas como ressurreições e que o Zé saiu do caixão... Eu cá não acredito nessas
coisas de profissões ideais. Vamos fazendo o que podemos com a ferramenta que
vamos tendo.
Qual é o seu grande hobby?
Eu tinha uma grande paixão ou será que ainda tenho? Isto
do "lado negro" às vezes afecta-nos mais do que pensamos e depois
ficamos sem saber bem o que pensar e o que dizer. Mas voltando à paixão, eu era
um grande coleccionador de música. Música com alma, estão a ver? Daquela que
hoje cada vez menos se vai fazendo porque muita coisa soa a "plástico".
Eu não tenho bem a certeza se o soar a "plástico" também é obra do "lado
negro" mas vai na volta e até é porque antigamente existia um filme (e
acho que ainda existe) que tinha uma espécie assim meio para o desconhecida e que
foi um sucesso enorme, a que chamavam Darth Vader. E eu sei, por "portas e
travessas", que partes desta espécie já eram feitas em plástico. [risos] Vai
na volta também tem a sua influência, não sei! De qualquer maneira, hoje em dia
ainda se encontram algumas coisas com muita garra e atitude, e como tal já
consegui ao longo de muitos anos de paixão (não sei se é bem esse o nome que
utilizam hoje em dia) ultrapassar um número considerável de 3.000 unidades
sonoras na minha colecção. Sabe que são muitos anos a andar pelo "lado
negro", logo, ter todas estas unidades demoníacas também já não é para
todos! É feio revelar isto em público, portanto, digo apenas a vocês e peco-vos
que não diga a mais ninguém, se faz favor, que alguns são inclusivamente
cópias!
Qual a viagem que mais o marcou até hoje e qual é o seu destino
preferido de férias?
Certamente voltar a poder revisitar a manjedoura em que
nasci! Às vezes, a vida prega-nos cada partida... Já viu? Estive 33 anos para
voltar a ver o local onde nasci (é óbvio que a pouca palha existente no início
tinha que desaparecer ao fim deste período de tempo), pois na Alemanha também
existe crise! [risos] Desde então, quase sempre obrigado pelos deveres do "lado
negro", já voltei ao mesmo sítio ou aos arredores por mais de dez vezes. É
chato (é "chato" coça, já disse!) [risos], porque quando era mais
novo e não me lembrava melhor das coisas, é que era capaz de ter uma certa
piada absorver e esquecer! Hoje em dia fica tudo retido no Photoshop ou nos
dispositivos com retina e tal... o mesmo que dizer, onde vamos guardar
toneladas de memórias que nos marcaram (pelo menos a mim desde os nove anos) ao
longo da nossa evolução ou regressão ou lá o que chamam a essas coisas. Mas,
sem dúvida, o meu destino preferido é sempre o "lado negro". Não me
imagino a ser atraído por outro tipo de destino sinceramente. [risos]
Que local ou país deseja mais conhecer?
Dizem que lá para um sítio chamado Japão também existem
uns "lados negros" interessantes. Também dizem que é um "lado
negro" a nível cultural muito diferente do nosso e eu até acredito, porque
a fazerem histórias (para nós que estamos deste lado também bastante negro, 23%
e tal) [risos] como The Ring e The Grudge e assim (assim!), realmente o "lado
negro" deles parece ter uma certa pujança e originalidade que cá em
Portugal nem conseguimos ainda sonhar nem dominar. Mas pronto, cada lado é como
cada lado e, como eu já disse, não se pode ter tudo! Mas é um "lado negro"
que me atrai, portanto, a ver vamos se o nosso desce da cota dos 23%, porque de
outra forma é impossível.
Tem um disco, canção, filme ou série da sua vida?
Possivelmente o que chamam há muitos anos de "Música
no Coração"! Eu nunca vi esse filme (tirando umas escapadelas que fiz do "lado
negro") [risos] por umas ranhuras de umas quantas tábuas de madeira. Mas
penso que foi um dos melhores momentos da minha vida! Não era nada negro e pela
primeira vez as pessoas sorriam no filme até, inclusivamente, as que estavam a
ver o filme. Pareciam ter vida própria e não parecia nada encenado mas eu
também não sei bem se era assim, porque, para além de terem sido umas quantas
escapadelas, [risos] do "lado negro", eu também ainda era muito
pequenino.
No sentido inverso; pior disco, canção, filme…
Sinceramente, nem sei que diga, porque tirando o que me
soa a "plástico" e tudo aquilo que me parece encenado, parece que
tudo o resto é bom!
Pratica ou acompanha algum desporto?
Como disse, existem sempre muitas vozes dentro da minha
cabeça. Não é nenhum tipo de desporto, acho eu, [risos] mas é muito cansativo
ter que escutar essas conversas sem sentido e estar sempre a ouvir vozes na
minha cabeça. Mesmo que não queira praticar desporto tenho que as acompanhar à
força, porque elas estão quase sempre presentes! Isto do "lado negro"
tem sempre muito que se lhe diga…
É adepto de algum clube de futebol nacional? Qual?
Não sou muito dado a desportos (isto se ouvir vozes não
for considerado desporto obviamente!) [risos],
mas quando os nossos 11 bonecos não ganham, como se passou recentemente
no Europeu, passo a ser alemão! No entanto, não me valeu de nada porque deveria
ter passado era a ser espanhol! [risos] A nível nacional tenho um certo culto
pelo vermelho! Não sei se vem do travo especial do sangue ou se é mesmo apenas
por ser vermelho, porque assim sempre é uma mais-valia num mundo todo negro e
causa um certo contraste que até acho engraçado.
Utiliza as redes sociais? Que visão tem dessas e que papel lhes
atribui?
Por vezes utilizo e vou lá descarregar umas pazadas de
brita. E até acho engraçado essas redes mas não compreendo como é que fulanos X
e Y têm 14.000 amigos e às vezes até mais! Isso no meu tempo era impensável mas
é como se dizia: antigamente as coisas eram diferentes! Caro compadre, se hoje ainda
existisse a inquisição queria ver como é que certos seres humanos que metem a
vida toda nessas coisas se safavam. Dantes as coisas eram muito diferentes e
isso do Photoshop e converter imagens era tudo obra e propaganda do demónio.
Hoje, porém, tudo parece ser aceite! É a evolução dos tempos e os efeitos do
desaparecimento da inquisição! Mas a inquisição também tinha os seus benefícios,
porque está a ver hoje em dia até fotos dos filhos e assim metem nessas redes e
depois queixam-se que aconteceu isto e aquilo. A inquisição, vai na volta, hoje
ainda fazia um certo sentido! Mas pronto, eu também tinha medo desse processo
quando ela existia e agora somos todos mais livres, não é?
Consome ou já consumiu ilícitos?
Tirando o "lado negro" e uma coisa ou outra que
todos nós gostamos muito de fazer (inclusivamente alguns animais que tenho
visto por aí) [risos], dentro desses moldes tudo se consome e nada se deita
fora! Ilícito também não sei bem o que significa. Terá a ver com alguma
determinada lei dos dias de hoje?
Uma noite perfeita?
Sempre no "lado negro" com uma mão amiga em
contorno [risos] e com pouca luz de velas. Sabem, eu nunca fui muito com a luz
(lá está o "lado negro" mais uma vez a amaldiçoar isto tudo) [risos] e
em noites perfeitas também não faz assim muito sentido. De preferência se
estiver na rua e poderem desligar a luz das estrelas, também agradeço, muito
sinceramente. [risos]
É casado? Tem filhos?
Continuando na questão da luz, nunca fui muito com esses
grupos que se dizem iluminados e, vai na volta, sempre foi o factor que nunca
me levou a casar e a ter aqueles sonhos do "melhor dia da minha vida"
desperdiçado num altar! [risos] Mas eu penso assim e respeito quem pensa de
maneira diferente. Acredito mais na sinceridade, simplicidade e companheirismo
de uma mão amiga! [risos] Como tal, tenho uma companheira que me conduz para
mais de 22 anos de relação e da qual já desabrochou uma linda criatura. Nunca
pensei que no "lado negro" estas coisas pudessem acontecer, mas este
lado também nos permite umas certas libertinagens. [risos]
Que facto mais o orgulha e envergonha na história nacional e/ou
internacional?
Em 1999, ou terá sido em 1998, 1997, 1996 (sabem que não
me recordo bem), fiz uma certa estrofe numa das músicas que criei em que dizia
assim: "Povo lusitano, ergue a tua espada, mata o povo infiel". Eu
penso que isso já dizia muito acerca do que eu pensava nesses momentos. Sempre
tive um certo orgulho nos feitos do nosso grande povo e nação valente, mas não
chega os feitos do passado. E sendo que muitas gerações vivem desses feitos, e
ainda que não seja mais do que ninguém, tentei chamar a atenção da
"meninagem" mais nova! Porém, parece que não resultou, porque ainda
ficámos pior e agora temos os tais 23%! Agora nem sei bem o que tenho que
escrever para ver se a cota dos 23% desce. Vamos ver se existem surpresas em
algo que escrevi recentemente... ou terá sido em 2000, 2001, 2002 ou algures
por aí...
Acredita em Deus? É devoto de alguma religião?
Sempre do "lado negro" e aqui não são
permitidas essas excentricidades! Uma vez caído lá não existe possível retorno
nem ressurreição!
Acredita em fenómenos
paranormais? Já presenciou algum?
Por acaso tenho pensado muito sobre o assunto e acho que
já tenho material para escrever um livro acerca desses fenómenos. Aqui no "lado
negro" ocorrem muitos fenómenos só que a maior parte das vezes (666.9% das
vezes) devido à extrema falta de luz é muito difícil que esses mesmos fenómenos
fiquem devidamente documentados! Também existe muita gentinha que se aproveita
de tudo o que é fenómeno e até vende terra de Fátima e tal... Realmente o que os
tempos evoluíram! Aparições, ressurreições, terra de Fátima, água benta... Já
viu os nomes que dão a certas coisas que não tem nada a ver com os ditos
fenómenos que não conseguimos registar devidamente? Existe sempre aquela dúvida
e uma vez que não está devidamente documentado e catalogado…
E em extraterrestres?
Que existem universos paralelos já está devidamente
documentado, mas parece que no outro dia o meu vizinho disse que viu algo a
sair assim a modos que a fugir da casa dele (quando a mulher estava sozinha em
casa) e ela parece que ficou assim menos transtornada que ele, porque, afinal
de contas, foi uma visão extra que ele não esperava ver. [risos] Ainda não
sabemos se era terrestre ou mesmo só um extra! São os tais fenómenos não
documentados e depois dá nisto! [risos] Quando está pouca luz (e cada vez temos
menos luz com os tais 23% em cima) é muito difícil ver o que quer que seja.
Para si, qual é o maior flagelo mundial?
Sem sombra de dúvida o "lado negro", porque
nunca me consegui libertar dele ao longo de toda a minha vida.
Qual é a sua opinião sobre o aborto e o casamento homossexual?
Antigamente eu ouvia muito num filme que os meus avós
viam que "chapéus existiam muitos"! Acho que hoje e embora os tempos
tenham mudado tudo se mantém na mesma e continuam a existir muitos, mas já
naquele tempo era assim. Temos que respeitar e seguir em frente porque existe
espaço para todos e o ar é de todos quer alguns queiram quer não. É uma questão
de respeito e o respeito também existe muito no "lado negro".
Gosta de animais? Tem algum?
É caso para dizer que, no "lado negro", também
é permitido ter colegas e amigos desses. Não considero hoje, nem nunca
considerei, como simples “animais” o que mencionam como animais porque existem
humanos que provocam, matam e esfolam (e esses sim são os grandes animais ao
meu nervo óptico - agora sem risos). É caso também para dizer que quanto mais
humanos conheço mais gosto de “animais”. Como tal, faz, entretanto, quatro anos
que ficámos sem uma das nossas grandes amigas - a Blackie esteve connosco 14 anos
da sua máxima esperança de vida e contribuiu largamente para a melhor pessoa
que me tornei ao longo de todos estes anos. Será sempre relembrada e nunca
esquecida! Agora temos o Max - faz cerca de quatro anos e, embora não venha
nunca substituir a Blackie, é outra joia de amigo e companheiro. Por outro lado
sempre que nos é possível compramos ração para entregar tanto no canil de
Leiria como no da Marinha. No meu nervo óptico as crianças e o que mencionou
como “animais” para mim são das melhores coisas deste “lado negro”!
Gosta de videojogos? Qual o seu tipo e/ou jogo favorito?
Darth Vader, embora não saiba se existe mesmo em jogo. Mas
tenho-o em boneco de plástico! [risos]
Enquanto músico, qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
Ao longo destes 18 anos, por este também considerado
"lado muito negro" [risos], foi chegar a 2012 e após 18 anos considerar-me, finalmente, músico... porque antigamente andava aqui só a enganar a malta e não percebia nada disto! [risos] Portanto, esse é o episódio
mais marcante da minha curta carreira como músico, embora já se tenham passado
cerca de seis meses. [riso]
E o mais insólito?
Sabem, no "lado negro" não existe propriamente
aquele momento que a maior parte do pessoal considera como determinantemente
insólito! Também não é por ser negro que vai ser insólito como outros tantos
erroneamente pensam. No "lado negro" estamos sempre a aprender todos
os dias. Portanto, nada é insólito quando se tem o espírito aberto para se
aprender com todo e qualquer desvio menos convincente.
Arrepende-se de algo que fez na música?
Dos 18 anos em que me encontro deste lado (negro, pois
está claro - quem entra não sai, como já mencionei) só mesmo de ter andado a
fazer-me passar por aquilo que não era [risos] e as pessoas terem acreditado
que eu até dava uns toques e conservava algum ar no diafragma! Vejam lá,que até
aclamaram de forma vitoriosa um determinado trabalho que fizemos em 1999 e,
ainda por cima, o espalharam pelos quatro cantos do mundo! Como é que é
possível? Realmente isto também tem que reconhecer que já foi depois dos
momentos da inquisição, embora eu acredite que ela ainda ande aí em certas
instituições. Está um pouco mais camuflada mas eu sei que eles "andem"
aí…
Tem ainda algum sonho por cumprir na música?
Quem pára de sonhar deixa de existir no meu nervo óptico.
[risos] É o mesmo que deixar de viver ou respirar... mesmo estando deste lado
mais negro!
Qual é a sua banda/artista nacional e internacional preferidos?
Tirando algumas coisas que mencionei no meu perfil em imalevolence.com (porque tinha de mencionar mesmo alguma coisa, uma vez que fui
novamente obrigado pelo "lado negro") não existe assim nada que
considere como música para o meu coração. Actualmente até considero mais como
um "jardim" que se rega todos os dias e no qual as "flores"
constantemente murcham muito rapidamente. Precisamos, portanto, e urgentemente,
de "flores" convictas e não apenas de cágados de pernas para o ar!
[risos]
O que acha da qualidade dos músicos e bandas nacionais?
Vamos tendo uma determinada qualidade mas ainda temos que
regar muito o nosso jardim!
O que acha que falha, se é que alguma coisa falha, no panorama musical
nacional? Acha que há qualidade e quantidade de infraestruturas e público
suficientes?
Sinceramente, acho que é mais falta de "água" para
que as flores possam mesmo crescer e desabrochar! E agora com a tarifa dos 23%,
que acho que também se encontra na água, realmente começa a ser cada vez mais difícil
que as flores em concreto cresçam! Mas algumas pessoas têm furos no quintal lá
de casa e com uma determinada quantidade de água conseguem furar o que quer que
seja. É nesses que acredito porque as infraestruturas, essas estão cheias de
lodo e ferrugem e depois sabe que a água não passa tão bem nesses canais.
[risos]
A internet é um problema ou uma virtude para os músicos e/ou a
indústria discográfica?
Dependendo do ponto de vista, algo que a inquisição não
fecharia certamente os olhos. Eu uma vez que ela anda camuflada e com pouca
força (fez-se fraca) afirmo, sem pudores, que é uma excelente virtude. Já viu o
que é hoje em dia poder descarregar 13 carradas de "brita" dentro da internet
e não ser considerado herege? Isso é muito bom porque essa é uma das razões
pela qual me transportaram de urgência da Alemanha para Portugal. [risos] Vive
e deixa viver, já diziam os antigos e já existia a inquisição nesses tempos! É uma
questão de usar e saber usá-la…
É a favor ou contra a pirataria?
Se o Darth Vader for considerado um pirata, obviamente
tenho que concordar com a pirataria. Sabem, é complicado discordar! [risos]
O que acha dos organismos que gerem os direitos de autor, nomeadamente
a SPA?
Talvez esses sejam os grandes piratas! "Tubarões"
por dentro e gentinha dita normal por fora. Como autor ninguém melhor do que eu
para gerir o meu próprio direito! Mas isto é o que eu acho sempre que posso
falar de dentro para fora do "lado negro".
Concorda com as leis que estão a ser estudadas para combater a
pirataria (ACTA, SOPA, etc)?
Acho que, ao final do dia, todos temos um pouco de "piratas"
e já existem tantas leis que ninguém liga. A inquisição, essa, era mesmo lixada.
[risos]
O que é que o irrita mais?
Uma certa forma de passividade e aceitação de tudo o que
se diz sem questionar a razão e/ou a origem de tal facto.
Qual é a maior surpresa que o podem fazer?
Possivelmente oferecerem-me uma figura em ferro sólido
com pelo menos três metros do presidente do "lado negro": Darth Vader!
Deve ter sido uma grande figura. Já viram o "lado negro" enorme que
ele criou num universo sem retorno? E não só: pensem só no pessoal que ele
arrastou consigo (eu inclusive). Só por isso é uma figura merecedora de uma
estátua em ferro (sólida, porque oca não conta)!
Já praticou algum acto de solidariedade? Se sim, qual?
Pratiquei o que mencionei na questão sobre os “animais” e
continuo a praticar sempre que me é possível. Por outro lado, aos ditos seres
humanos (alguns) que também têm certas dificuldades, sou incapaz de negar um
café ou mesmo uma sandes! Existe muita pobreza neste mundo (e não falo da que
existe na mente) e sempre que posso ajudar faço-o. Faz-me sentir bem! Devemos
pensar nas pessoas como pessoas e nunca se sabe se um dia não passaremos nós
pelo mesmo.
Acha que ainda tem algum dom
escondido por revelar?
Isso já depende do tempo que o "lado negro" me
permitir andar por cá. Isso dos dons também é outro assunto que poderia gerar
outras tantas toneladas de lenha para queimar, sendo que é um conceito um pouco
a roçar aquela ideia das aparições e revelações e tal. [risos] O que muitos
consideram dons, considero como experiência que se adquire na vida através de
momentos mais e menos positivos. O conceito de dom, no sentido literal da
palavra, nos dias de hoje não faz sentido ao meu nervo óptico. Não tem
expressão, cheiro nem sabor…
Prefere o Verão ou o Inverno? O sol ou o frio? A praia ou a neve?
O sol está assim meio associado ao elemento luz, logo não
posso revelar bem a minha preferência nesse domínio. A inquisição, ainda que
pouco expressiva, anda meio camuflada, logo nunca se sabe quando vai aparecer.
[risos] Quanto ao resto, acho que é preciso de tudo um pouco de forma bastante
proporcional e doseada
Qual é o carro dos seus sonhos?
Nenhum em particular, embora continue a sonhar…
Sente-se dependente do telemóvel?
Se isso tiver sentido directo e figurativo de que o Darth
Vader dependia do seu sabre de luz vermelha, então sim! Senão tiver nada a ver,
então não! [risos] Sinceramente, não sou um ser dependente de ninguém, tirando
eu mesmo. Já tenho é dependentes a que chamam agregado familiar! [risos]
Qual é a sua comida favorita?
Sou fã de comida muito
diversificada.
E a bebida?
A água, não apenas pelo líquido em si mas também pelo
conceito ancestral associado: "água mole em pedra dura tanto bate até que
fura"!
Sabe cozinhar? Qual o prato que confecciona com maior mestria?
Pois, também sei fazer umas certas coisas que têm tanto
de nacional como de internacional. Cozinhar é algo de transcendental e tenho
sempre muitos colegas a pedir-me para fazer esta ou aquela ementa.
Qual é o seu maior medo?
Nunca tive medo de nada.
Tem alguma fobia?
Tenho uma certa dificuldade em abandonar o "lado
negro" mas isso é outra história...
Neste momento está optimista em relação à recuperação económica do
país?
Parece que agora é que vou começar a ter suores e
calafrios! 23%, 24%, 25%…
Identifica-se com alguma ideologia política?
Se a cota descer dos 23% e os portugueses puderem ter
acesso a melhor qualidade de vida como, por exemplo, se pratica num país como a
Austrália, então talvez venha a ter uma ideologia politica em que acredite. Até
ver, o conceito é como o tal fenómeno que não se consegue documentar. [risos]
Se pudesse recuar no tempo, até onde e quando recuava? Porquê?
Recuar no tempo é muito complicado. Já tenho uma hérnia entre
um determinado L, um princípio de artrose em outro determinado local e se vamos
recuar no tempo e não tiverem feito bem a manutenção da máquina (se falta o tal
controle de qualidade), aqui a estrutura ainda se estrampalha toda e depois
isto não está numerado e torna-se tudo muito complicado para montar novamente.
Depois já nem 13 anos chegariam para fazer outro álbum! É muito complicado recuar
seja em que situação seja. [risos] Como digo à minha filhota: marcha soldado
mas sempre em frente…
Acredita na reencarnação? Em quem ou no que gostava de reencarnar numa
outra vida?
Lindo, mas mesmo lindo, era reencarnar no Darth Vader! Mas também
não sei se era capaz de liderar o "lado negro" tão sábia e
eficazmente como ele. É uma responsabilidade de magnitude colossal! Devem ser
muitas vozes a reclamar por isto e por aquilo…
É supersticioso? Qual a sua maior superstição?
Continuam a faltar documentos comprovativos de tais
coisas. Portanto, não.
Para si, como se descobrem as verdadeiras amizades? O que é uma
verdadeira amizade?
Fazer o bem sem olhar a quem e tudo o resto aparecerá por
acréscimo. Tenho documentado alguns desses exemplos ao longo da vida.
Tem tatuagens? Se sim, qual a que mais sentido tem para si?
Não tenho porque nunca me foi permitido aqui no "lado
negro". Se isto já é negro, fazer uma ou mais tatuagens negras depois não se
distinguem de tudo o resto! [risos] Mas gosto e não vejo razão para não gostar
quando são extremamente bem realizadas. Ainda não tenho nenhuma porque,
sinceramente, ainda não encontrei ninguém que realize o desenho colossal que
sempre tive em mente (lá estão de novo as vozes a apoquentar-me) e uma tatuagem,
ainda para mais colossal como a que imaginei, é para a vida, logo um passo
fulcral e que tem que ser bastante objetivo antes de ser realizado.
E piercings? Se sim, quer
revelar onde?
Neste momento só mesmo um brinco que antigamente era
cinza prata mas devido às leis do "lado negro" passou a ser também negro.
[risos] Já tive um piercing durante
três anos num dos mamilos, mas acabei por tirá-lo. Mais um facto que nunca
ficou devidamente documentado e arquivado.
Considera-se vaidoso? Que cuidados tem com a aparência e a saúde?
Nenhuns e depois o corpo é que paga! [risos] Realmente
dizem (eles) que me deveria preocupar um pouco mais com o sentido estético de
aparecer em público fazendo parte de um rebanho e tal mas nunca tive muito
tempo para pensar sequer nessas coisas. A nível de saúde, pelas questões menos
positivas enunciadas atrás, sinceramente, aí já me preocupo um pouco mais com a
postura e em fazer algum tipo de exercício de vez em quando.
Que tipo de roupa nunca seria capaz de usar?
Aqui no "lado negro" não deixam mesmo usar
fatinho (conceito de camisa e calcinha com gravata), juntamente com sapatinho
de "ir cagar ao pinhal" (ou em outro tipo de conceito também aceite:
sapatinho de "matar barata nos cantos da casa"). [risos] É
expressamente proibido!
Qual o seu maior defeito e a sua maior virtude?
É como recuar no tempo. Isto de estarmos para aqui a
vangloriar-nos fica mal (e também não é aceite com bons olhos no "lado
negro"). Portanto, deixo ao critério de todos aqueles que verdadeiramente
me conhecem que enunciem tais factos. Mas uma coisa é certa: tanto virtudes
como defeitos abundam, tal e qual como as "carradas de brita"!
[risos] É tudo uma questão de humor (negro de preferência). [risos]